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Interior

Alunos da área rural de 13 cidades estão sem aula devido aos estragos

Flávia Lima | 06/12/2015 14:21
Em Tacuru, acessos e trechos de estradas também ruíram, mas prefeitura conseguiu manter transporte de alunos. (Foto:Divulgação)
Em Tacuru, acessos e trechos de estradas também ruíram, mas prefeitura conseguiu manter transporte de alunos. (Foto:Divulgação)

As fortes chuvas que atingem a região sul do Estado obrigaram alguns municípios a suspender o calendário escolar até que o acesso a zona rural seja recuperado, já que em várias cidades houve queda de pontes, além de alagamentos, que dificultam a chegada do ônibus municipal responsável pelo transporte das crianças até as escolas.

É o caso de Coronel Sapucaia, cidade distante 400 quilômetros da Capital, com população de 14.569 pessoas. A prefeita Nilcéia Alves de Souza (PR) revela que 13 prefeitos do Cone Sul que também enfrentam a situação de emergência devido as chuvas estiveram com a secretária de Educação do Estado, Maria Cecília Amêndola da Mota para relatar as dificuldades quanto ao transporte escolar na zona rural, que está ilhada.

“Tivemos a permissão para suspender as aulas e retomar quando as chuvas pararem. Ninguém será prejudicado. Quando o acesso for restabelecido vamos trazer as crianças para aplicar os exames finais e repor as aulas”, afirma.

Quanto as estradas vicinais, também prejudicadas, a prefeita disse que aguarda recursos do governo do Estado, especialmente para recuperar o acesso a Colônia Brasil, onde moram 3 mil pessoas que sobrevivem da lavoura. “Não temos verba para isso, mas sei que não sou a única a enfrentar esse problema. Outros colegas prefeitos também estão vivendo esse caos. Vamos resolver aos poucos”, destaca.

Em Amamabai a situação é semelhante. Com a queda de várias pontes, o prefeito Sérgio Diozebio Barbosa (PMDB) disse que o acesso a essas comunidades está complicado, por isso espera a chuva dar uma trégua para realizar os reparos e retomar o transporte.

Segundo ele, pelo menos 700 crianças estão sem aulas, no entanto, ele explica que, como faltam apenas duas semanas para o fim do ano letivo, muitos alunos já completaram o calendário escolar e realizaram provas, por isso não precisarão retomar as aulas.

“Vamos estudar cada caso. Aqueles que necessitam de provas levaremos para a escola, já os demais terão falta justificada”, explica Sérgio Barbosa. O prefeito ainda ressalta que, mesmo com as chuvas diárias, as obras emergenciais de recuperação prosseguem.

Já em Tacuru, município distante 427 quilômetros da Capital e com população de 9.554 habitantes, o prefeito Paulo Pedro Rodrigues (DEM), diz que não houve necessidade de suspender as aulas, já que conseguiu apoio dos fazendeiros, que estão levando as crianças até o ponto da estrada onde o ônibus escolar consegue chegar.

"Decidimos fazer esforço porque as aulas estão na reta final e são apenas alguns alunos que estão indo por causa da recuperação ou prova", afirma. Segundo ele, cerca de 100 crianças residem na área rural da cidade. O prefeito também diz que em alguns trechos foram feitas obras emergenciais com tábuas e madeira para não isolar as comunidades da área urbana.

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