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Interior

Anos de "humilhação e desgosto", diz marido sobre casamento com detetive

Mãe de santo foi libertada da prisão, mas os outros 3 envolvidos no crime continuarão detidos

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 23/06/2021 23:45
Givaldo (camiseta listrada) quando chegava à delegacia ao ser preso ontem (Foto: Adilson Domingos)
Givaldo (camiseta listrada) quando chegava à delegacia ao ser preso ontem (Foto: Adilson Domingos)

"Sofrimento, humilhação e desgosto". Assim o detetive particular Givaldo Ferreira Santos, de 62 anos, descreveu como foram os anos que passou ao lado da esposa, a também investigadora particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, quem ele mandou matar no último final de semana, em Dourados, cidade a 233 quilômetros de Campo Grande. Em depoimento à polícia após ser preso, na noite de ontem (22) ele contou que estava planejando o assassinato há cerca de 30 dias, porque não aguentava mais as supostas chantagens que sofria da esposa, já que a empresa que pertencia ao casal estava no nome dela.

Givaldo contou que adquiriu a arma usada no crime no Paraguai, no entanto, não sabia do envolvimento do seu filho, Willian Ferreira Santos, de 25 anos, no crime e nem sobre os detalhes acertados pela mãe de santo Sueli da Silva, de 56, com o atirador, José Olímpio Melo Junior, de 32 anos. Segundo o acusado, Sueli se compadeceu do seu "sofrimento" já que ele era frequentemente "humilhado" pela esposa e por isso decidiu ajudá-lo.

Segundo Givaldo, assim como o atirador Wilian estava passando uns dias na casa de Sueli, em Dourados, já que a madrasta não aceitava a presença dele na casa da família. Zuleide era conhecida por outras testemunhas como pessoa de comportamento difícil e que “brigava com todo mundo”.  Sueli e Willian é quem teriam armado a emboscada para a empresária.

Em liberdade - Apesar das acusações, o juiz Márcio de Britto, da 3ª Vara Criminal de Dourados libertou a mulher da prisão, mas decretou a prisão preventiva dos outros envolvidos no crime. Em relação à Sueli, Britto determinou que ela siga medidas cautelares como proibição de se comunicar com qualquer parente da vítima e de sair de casa à noite e aos sábados, domingos e feriados. Contou a favor da soltura da mulher, fato dela ser mãe de uma criança e uma adolescente. Givaldo e José Olímpio já foram levados para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Willian continua preso em Jaciara (MT).

O crime -  Zuleide foi atraída até o local do crime, no último sábado (19) após receber uma ligação de Sueli, dizendo que estava interessada em contratar seus serviços de detetive. Quando a mulher chegou ao local do suposto encontro, Willian e José Olímpio já a esperavam. Sob a mira do revólver comprado por Givaldo e entregue pela mãe de santo, a dupla arrancou a empresária da picape Montana.

Willian ficou no carro com o sobrinho-neto de Zuleide, garoto de 7 anos que a acompanhava. José Olímpio levou a vítima até uma mata nos fundos do residencial Vival dos Ipês e a matou com tiro na cabeça. José Olímpio afirmou não ter recebido nenhum pagamento para executar a mulher, mas confessou que Givaldo e Willian prometeram que ele iria ajuda-los a tocar a empresa de monitoramento, registrada em nome de Zuleide.Todos os quatro envolvidos no crime foram presos nesta terça-feira (23).

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