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Interior

Ao comemorar “cinco anos de paz”, Murilo diz que maior adversário é a chuva

No dia em que completa cinco anos no cargo, prefeito de Dourados lamentou suspensão de recursos federais e disse ter frustração por não conseguir construir escola infantil na reserva indígena

Helio de Freitas, de Dourados | 23/02/2016 12:50
Murilo discursa no lançamento de campanha publicitária para comemorar cinco anos da atual administração (Foto: Eliel Oliveira)
Murilo discursa no lançamento de campanha publicitária para comemorar cinco anos da atual administração (Foto: Eliel Oliveira)

Ao lançar hoje (23) a campanha publicitária “Dourados agora é outra, - 5 anos de desenvolvimento em paz”, o prefeito Murilo Zauith (PSB) comemorou o período de calmaria à frente da administração da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Eleito em pleito extemporâneo após a prisão e renúncia de Ari Artuzi (morto de câncer, em 2013), Zauith foi empossado no dia 23 de fevereiro de 2011 e reeleito em 2012.

Na presença de centenas de pessoas, principalmente servidores, vereadores e líderes comunitários, o prefeito fez um balanço das principais ações da gestão que termina em dezembro deste ano e disse que o maior adversário dele no momento é a chuva, que atrapalha o andamento das obras.

Com recursos federais obtidos através de emendas parlamentares e financiamento, a prefeitura faz atualmente drenagem e asfalto em 25 bairros, mas o andamento das obras está lento, por causa da chuva e atraso nos repasses. Segundo Murilo, são R$ 100 milhões investidos em asfalto.

Chuva histórica – “Hoje todas as obras que estamos fazendo estão paradas por causa da chuva, que é a maior dos últimos 40 anos e que terá outro período assim só daqui a quatro décadas”, afirmou Murilo.

Segundo o prefeito douradense, a chuva atrapalha também a recuperação das ruas. “Muita gente fala de buraco, mas para nós buraco não é projeto de administração, como é o asfalto, como são as obras de escolas e postos de saúde. Buraco é manutenção, igual fazemos com a iluminação pública, com a coleta de lixo. Mas não estamos conseguindo fazer essa manutenção por causa de tanta chuva”.

Murilo disse que entre as obras feitas nos últimos cinco anos estão 40 km de recapeamento de ruas, embora a buraqueira seja um dos principais motivos de críticas à atual administração. “Ainda temos muito recapeamento para fazer até o final do ano”, disse ele.

Segundo a marqueteira de Murilo, Maria Antonia Ribeiro Gonçalves, da agência 2000 Publicidade, os números das realizações da administração serão detalhados ao longo dos próximos seis meses, período em que a campanha será realizada.

Contingenciamento – O prefeito de Dourados disse que muitos projetos de obras, entre as quais frentes de asfalto e construção de centros de educação infantil, estão parados por falta de recursos federais. “Depois da reeleição da presidente Dilma não recebemos mais repasse desses recursos e se hoje estamos fazendo obras é porque corremos atrás no ano passado e conseguimos arrancar dinheiro antes dos ajustes”.

“Se o Brasil não está em paz, Dourados está em paz. Hoje todo douradense pode acordar sabendo que sua cidade está em paz. Podemos dizer que nossa administração mudou a história de Dourados e melhorou a vida da população”, declarou Murilo, que está no segundo mandato consecutivo e terá seis e não oito anos nas duas administrações.

Quando ocorreu a eleição extemporânea, dois anos do mandato de Artuzi já tinham se passado – ele ficou no cargo de janeiro de 2009 a setembro de 2010. Até a posse de Murilo, há exatos cinco anos, Dourados teve dois prefeitos interinos – o juiz Eduardo Machado Rocha e a então presidente da Câmara, Délia Razuk (sem partido).

Frustração – Ao discursar no lançamento da campanha dos cinco anos de mandato, Murilo confessou uma frustração: não conseguir construir um Ceim (Centro de Educação Infantil Municipal) na reserva indígena. Ele disse ter conseguido garantir recursos para 12 unidades, inclusive uma para o distrito de Vila Vargas.

“Mas não conseguimos convencer o governo federal da necessidade de fazer um Ceim para atender as crianças da reserva indígena, porque para o governo a mãe indígena não pode trabalhar, tem que ficar em casa e cuidar dos filhos”, disse o prefeito. As duas aldeias de Dourados – Bororó e Jaguapiru – têm juntas pelo menos 15 mil habitantes.

Prefeito de Dourados disse que buracos aumentaram por causa de chuvas históricas (Foto: Eliel Oliveira)
Prefeito de Dourados disse que buracos aumentaram por causa de chuvas históricas (Foto: Eliel Oliveira)
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