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Interior

Aos 13 anos, adolescente morre baleado acidentalmente por amigo

O disparo foi feito por outro garoto, que tem a mesma idade. O pai do menino foi indiciado por omissão de cautela e porte ilegal

Geisy Garnes | 23/01/2020 16:10
Arma, uma espingarda de pressão modificada para calibre 22, foi apreendida (Foto: Divulgação)
Arma, uma espingarda de pressão modificada para calibre 22, foi apreendida (Foto: Divulgação)

Um tiro acidental de espingarda matou Bruno de Arantes Diniz, de 13 anos, nesta quinta-feira (23), em Rochedo – a 74 quilômetros de Campo Grande. O disparo foi feito pelo amigo dele, que também tem 13 anos.

Segundo o delegado Valmir Moura Fé, o caso aconteceu nesta manhã, logo depois que os pais do autor saíram para trabalhar. “Ele chamou o coleguinha para ir na casa dele, os pais saíram e os dois ficaram sozinhos. Eles entraram no quarto do pai e encontraram a arma em cima do guarda-roupa”.

A arma, conforme o delegado, é uma espingarda de pressão adaptada para calibre 22. Enquanto o menino mexia na arma, ela disparou e atingiu a nuca de Bruno. Ele chegou a ser levado para atendimento médico, mas não resistiu ao ferimento.

Na delegacia, o dono da arma, um auxiliar de serviços gerais de 35 anos, contou ter comprado a espingarda já modificada há três anos de um desconhecido em Camapuã. Depois disso, trabalhou por um tempo na área rural de Rochedo, mas logo de mudou para a cidade e parou de usar o armamento.

Desde então, relatou em depoimento, guardava a arma em cima do guarda-roupa, mas sequer lembrava se estava municiado ou não. A mulher dele afirmou ao delegado que não sabia que a espingarda ainda estava na casa e o filho que não tinha nenhum conhecimento sobre como manusear ela.

“Adolescente tem curiosidade e não tem noção do perigo. Provavelmente ele tocou o dedo no gatilho e a arma disparou”, explicou Moura Fé. Após prestar depoimento, o auxiliar de serviços gerais foi indiciado por porte ilegal de arma e omissão de cautela. Já o filho dele vai responder por ato infracional equivalente a homicídio culposo, quando não há intenção.

“Quem tem arma em casa precisa deixar desmuniciada, trancada em cofre. Em 20 anos de profissão já vi muitos casos como esse”, lamentou Moura Fé. O corpo de Bruno foi levado para o Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), onde passará por exames.

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