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Interior

Após boatos, grupo se mobiliza para evitar soltura de suspeito de feminicídio

Informação que circulava nas redes sociais era que o suspeito pela morte da professora Nádia Sol Neves Rondon seria liberado por ter se entregado; polícia desmentiu notícia

Liniker Ribeiro | 10/03/2019 21:17
Grupo em frente à delegacia após boatos de que suspeito seria solto (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)
Grupo em frente à delegacia após boatos de que suspeito seria solto (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)

A possibilidade de Edevaldo Costa Leite, de 31 anos, ser solto após se entregar espontaneamente à polícia, neste domingo (10), em Corumbá – distante 419 quilômetros da Capital – levou um grupo de pessoas para frente da Delegacia de Polícia Civil do município, no fim da tarde de hoje. O homem é suspeito de ter assassinado a ex-namorada, a professora Nádia Sol Neves Rondon, com mais de trinta facadas.

A notícia referente a soltura circulava por meio das redes sociais, conforme o site Diário Corumbaense, mas foi desmentida pelo delegado plantonista Fernando Araújo da Cruz Júnior. “A apresentação por si só não é capaz de impedir a prisão. Não pode ser usada como uma forma de burlar a lei”, explicou o delegado.

Edevaldo foi preso por feminicídio e ocupa uma das celas da delegacia. Ele passará por audiência de custódia, oportunidade em que a Justiça decidirá se o mantém preso.

Nádia foi morta com mais de 30 facadas (Foto: Divulgação)
Nádia foi morta com mais de 30 facadas (Foto: Divulgação)
Edvaldo Costa, no momento em que se apresentou à Polícia, ainda usando camisa com marcas de sangue da vítima (Foto: Diário Corumbaense)
Edvaldo Costa, no momento em que se apresentou à Polícia, ainda usando camisa com marcas de sangue da vítima (Foto: Diário Corumbaense)

Ao site, o delegado deu outros detalhes sobre o crime. “Existem testemunhas que viram toda a ação, ele [Edevaldo] também confessou o crime. Alegou que na madrugada de hoje, encontrou a vítima num pagode junto com duas amigas e mais um rapaz, que tentou conversar com ela, sem sucesso. Já pela manhã, ele foi até a casa dela, o carro estava lá e perguntou para algumas pessoas sobre a proprietária”, revelou.

Ainda segundo o plantonista, as pessoas no local disseram que ela havia estacionado o veículo e saído em outro carro com um rapaz que tinha as mesmas características da pessoa que ele havia visto no pagode. Ele esperou pela vítima, houve uma discussão e, em seguida, o suspeito teria pegado uma faca que estava no batente da janela e desferiu diversos golpes contra a vítima. “Foram 36 facadas contabilizadas pelo médico legista”, revelou o delegado..

Crime - Nádia havia saído com amigas para comemorar o aniversário e quando retornou para casa, na Alameda Adelina, bairro Universitário, foi atacada pelo ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento.

Os golpes atingiram as costas, tórax, rosto e braços. Testemunhas ainda disseram que viram o homem arrastando a vítima pelos cabelos para a rua e logo acionaram a Polícia Militar.

Os bombeiros também foram chamados, prestaram o atendimento emergencial e depois a removeram para o pronto-socorro. Em seguida, a professora foi encaminhada para o centro cirúrgico da Santa Casa de Corumbá, mas não resistiu.

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