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Interior

Após morte, prefeitura abre sindicância para apurar negligência em UPA

Liana Feitosa | 04/05/2015 10:44

A Prefeitura de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, divulgou nota em que afirma que abriu sindicância interna para investigar possível negligência da equipe de plantão da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Fernando Pinheiro da Silva, 27 anos, morreu na madrugada de sábado (2) no Hospital Auxiliadora depois de procurar atendimento médico na UPA, mas ter acesso negado.

"A Administração Municipal apura um óbito ocorrido na madrugada do dia 2 de maio, sábado, de um homem de 27 anos de idade e abriu sindicância interna para investigar possível negligência da equipe de plantão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)", diz a nota da Prefeitura.

Paralisação - Para a administração do município, a morte pode ter sido causada pelo descumprimento de liminar que determinou suspensão de greve.

"Embora tenha sido emitida uma liminar pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinando a suspensão da greve, alguns funcionários não cumpriram a determinação judicial, insistindo na paralisação, fato este que também será de apuração pela Prefeitura e que tomará as medidas previstas em lei", finaliza a nota.

Caso - Fernando Pinheiro da Silva, 27 anos, às 10h da manhã da sexta-feira (1) deu entrada na UPA apresentando febre, dores de cabeça, no corpo e vômito. Recebeu atendimento médico, passou por exames e foi liberado por volta de 13h.

Cerca de 1h30 depois, já em casa, Fernando teve piora e foi novamente levado para a UPA. Recebeu novo atendimento e, depois, foi liberado outra vez. Na madrugada no dia seguinte (2), sábado, a febre baixou, mas as dores pelo corpo se agravaram e outros sintomas se intensificaram, como manchas pelo corpo e diarreia.

Por volta das 2h da manhã ele sofria grande dificuldade para respirar, por isso a esposa dele o levou novamente até à UPA. No entanto, um servidor o impediu de entrar, pois afirmava que o expediente já tinha terminado.

Hospital - Desesperada, a esposa conseguiu ajuda de um amigo para levar Fernando até o Hospital Auxiliadora, onde ele chegou por volta de 2h47, onde foi prontamente atendido. Praticamente sem conseguir respirar, foi colocado em uma maca e levado para a reanimação. Cerca de 40 minutos mais tarde foi registrado o óbito.

A esposa de Fernando afirma que ouviu médicos dizendo que, diante do sintomas, a vítima deveria ter sido internada e, em hipótese alguma, ter sido ministrado dipirona, por se tratar de suspeita dengue. O caso foi relatado à Polícia Civil que aguarda a chegada do prontuário médico e da certidão de óbito da vítima para dar início às investigações.

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