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Interior

Após rio baixar, comerciantes tentam voltar à rotina e dia será de limpeza

Gerente de um hotel estima que prejuízos já chegaram a R$ 5 mil após instalações serem invadidas pela água do rio

Liniker Ribeiro e Guilherme Henri, enviado especial a Aquidauana | 22/02/2018 09:18
Funcionários de hotel trabalhando para limpar sujeira provocada pela cheia do rio (Foto: Saul Schramm)
Funcionários de hotel trabalhando para limpar sujeira provocada pela cheia do rio (Foto: Saul Schramm)

Com o nível do rio Aquidauana mais baixo, marcando 9,40 metros, segundo a Defesa Civil do município a 135 quilômetros de Campo Grande, a manhã desta quinta-feira (22) está sendo de muito trabalho para funcionários de comércios às margens da Ponte Velha, onde o fluxo de veículos também já está totalmente liberado.

Com rodos, vassouras, baldes e alvejantes, um grupo de oito pessoas arregaçou as mangas e, com muito esforço, tenta limpar toda a sujeira em frente ao Hotel Beira Rio, deixada pela cheia do rio após as chuvas da última terça-feira (20).

"Á água subiu do nada, não achei que fosse invadir o hotel. Se eu não tivesse chamado a prefeitura e o pessoal não tivesse me ajudado a erguer os móveis, nosso prejuízo teria sido muito maior do que já foi contabilizado", afirmou o gerente do estabelecimento, Wenner Roger, 29 anos.

Segundo ele, cerca de 20 hospedes estavam no local no momento em que a água subiu e invadiu as instalações do hotel. Todos foram retirados com a ajuda de um trator e um barco, disponibilizados pela prefeitura. Com isso, o prejuízo estimado pelo gerente é de aproximadamente R$ 5 mil.

"Hoje o sentimento é de colocar a casa em ordem, é dobrar a bermuda e arregaçar as mangas e, com muito sabão, desinfetar tudo", concluiu Wenner, que destacou ainda o fato do hotel continuar fechado nesta quinta-feira, a espera de uma equipe da Vigilância Sanitária para avaliar o local e dizer se está apto para voltar a funcionar.

Do outro lado da rua, até quem teve "sorte", começou o dia limpando tudo. Na empresa de fornecimento de internet onde dona Maria de Oliveira, de 44 anos, trabalha como secretária, a água não chegou a invadir o local por conta dos degraus a mais em frete ao estabelecimento, mas ainda assim os funcionários se precaveram para evitar prejuízos.

Dona Maria mostra até onde a água do rio chegou  (Foto: Saul Schramm)
Dona Maria mostra até onde a água do rio chegou (Foto: Saul Schramm)

"Á água parou bem no último degrau, se tivesse chovido um pouco mais, tinha invadido tudo", afirmou a secretaria apontando para a marca na parede que indica até onde a água chegou.

Mesmo a água não tendo entrado, o local ficou fechado durante todo o dia de ontem devido a cheia. Os funcionários também se adiantaram e ergueram todos os móveis para evitar prejuízos.

Um terceiro empreendimento na região, um trailer de lanches, ficou com a estrutura toda danificada e suja. A equipe do Campo Grande News, enviada ao local, não encontrou nenhum responsável pelo local para conversar, mas as marcas indicam até onde a água chegou.

Os imóveis da região permanecem vazios. As famílias que residem próximo a ponte foram retiradas de casa e levadas para abrigos improvisados ou casa de familiares e amigos.

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