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Interior

Assassino confesso de transexual é investigado por estupro de adolescente

O crime chegou ao conhecimento da polícia durante as investigações sobre a morte de Márcio Rodrigues, a Marcinha, de 29 anos

Geisy Garnes | 16/01/2019 10:41

Matheus da Silva Oliveira, de 18 anos, assassino confesso da transexual Marcinha Rodrigues, é investigado pela Polícia Civil pelo estupro de uma adolescente de 16 anos. O crime aconteceu em novembro do ano passado em Camapuã – a 133 quilômetros de Campo Grande.

O crime chegou ao conhecimento da polícia durante as investigações sobre a morte de Márcio Rodrigues, a Marcinha, de 29 anos. A adolescente, que até então não havia denunciado o suspeito, foi chamada até a delegacia da cidade e sabendo da prisão de Matheus, contou sobre o estupro.

Em depoimento ela lembrou que estava em uma conveniência, quando resolveu ir ao banheiro de uma praça, que fica a poucos metros do local. No caminho foi abordado por Matheus, imobilizada e arrastada até o carro dele. “Ele tapou a boca dela e a levou para dentro do carro”, detalhou o delegado Leonardo Antunes Ballerini Fernandes.

Ela foi levada para um local ermo, uma região de morro da cidade e ali foi estuprada por Matheus. Depois do crime, ainda segundo o delegado, o suspeito tentou matar a vítima estrangulada, com o mesmo golpe que tirou a vida da transexual.

A menina conseguiu se soltar, abriu a porta do veículo e fugiu. Ele desceu o morro correndo e chegou a bater em uma cerca de arrame fardado, sofrendo vários ferimentos pelo corpo. “Ela andou bastante até entrar em uma casa e ser socorrida pela moradora”, afirmou o delegado.

Por medo, a vítima preferiu ficar em silêncio e não denunciar o caso a polícia. Segundo Fernandes a adolescente conhecia o suspeito e morava na mesma região que ele. “Por isso ele tentou matá-la”. A polícia investiga ainda se outras moradoras da cidade também foram vítimas de Matheus.

“Pode haver outras vítimas, porque esse é o perfil dele, de psicopata”, detalhou o delegado, lembrando que durante a confissão do assassinato da travesti o suspeito manteve a tranquilidade, demonstrando ser uma pessoa fria. O caso segue em investigação em sigilo.

Vítima foi morta na madruga do dia 20 de de dezembro (Foto: Reprodução Facebook)
Vítima foi morta na madruga do dia 20 de de dezembro (Foto: Reprodução Facebook)

Homicídio - Márcio Rodrigues, a Marcinha, foi assassinado no dia 20 de dezembro e o corpo deixado em um milharal.

Inicialmente, Márcio afirmou ter matado a vítima porque ela teria sugerido que os dois tivessem relação sexual. No entanto, mudou a versão confessando um relacionamento de seis meses com Marcinha.

Ele contou que os dois estavam bebendo em um bar na noite anterior, quando o jovem teria "mexido" com uma mulher no local. Os dois foram embora, transaram e Márcio o questionou dizendo que não teria gostado da postura dele. Por conta disso, os dois brigaram.

Durante a luta, alega ter colocar o joelho no pescoço da vítima, o matando asfixiado “sem querer”. Ao perceber que Marcinha não respirava, arrastou o corpo para o milharal e voltou para casa, levando o celular e o dinheiro dela.

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