Bebê de 10 meses sofreu trauma no crânio e tem sinais de morte cerebral
Segundo Hospital Universitário, avaliação feita nesta quarta aponta sinais sugestivos de morte encefálica; menina está internada há dois dias em Dourados com suspeita de abuso sexual
A menina de dez meses de vida, internada há dois dias em Dourados, a 233 km de Campo Grande, com quadro de desnutrição, desidratação e suspeita de abuso sexual, pode ser sofrido agressão física que lhe causou um trauma na cabeça. De acordo com o HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), onde ela está internada, a equipe médica informou hoje (17) que o bebê apresenta “sinais sugestivos de morte encefálica”.
“Um exame de tomografia realizado na paciente apontou a possibilidade de trauma crânioencefálico, que pode ter sido causado por algum tipo de agressão física externa. Os familiares da criança já estão cientes do quadro e aguardam a confirmação do diagnóstico de morte encefálica, que somente é conclusivo após a abertura de um protocolo específico e a emissão dos laudos médicos”, informou a assessoria de comunicação do hospital.
O caso – Na segunda-feira (15) o bebê foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), apresentando quadro de desidratação e desnutrição. Na UPA, a menina recebeu os primeiros atendimentos e a médica plantonista acionou o Conselho Tutelar depois de verificar sinais que poderiam indicar violência sexual.
A Polícia Civil foi acionada e um delegado foi ao local. Como o estado de saúde dela era grave, a menina foi transferida para o HU acompanhada por uma pediatra e uma enfermeira da UPA. Como tinha sofrido uma parada cardiorrespiratória, a menina foi levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica do hospital.
A conselheira tutelar Maria de Lourdes Paiva informou ao Campo Grande News que foi a avó materna que levou a menina até a UPA. Segundo ela, a criança mora com os pais – a mãe tem 18 anos de idade – e o avô materno.
“Fomos acionados pela médica da UPA, informando que a criança tinha sofrido uma parada cardíaca e quando trocar o bebê verificaram uma fissura no ânus, suspeita de abuso. Acionamos a Delegacia da Mulher e agora estamos aguardando o laudo”, afirmou a conselheira.