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Interior

Bebê que engoliu pedra de crack recebe alta do hospital e é entregue a avô

Liana Feitosa | 30/09/2014 17:07
Conselheiro Davis acompanha desde ontem o caso. (Foto: Expressão MS)
Conselheiro Davis acompanha desde ontem o caso. (Foto: Expressão MS)

O avô do bebê de nove meses que foi internado no domingo (28), com a suspeita de overdose devido à ingestão de uma pedra de crack, já está com a criança. O bebê, que recebeu alta hoje, foi entregue ao familiar por decisão do Conselho Tutelar de Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande, onde ocorreu a situação.

Segundo o conselheiro tutelar Davis Martinelli, foram feitos levantamentos acerca da idoneidade do avô. "Fizemos análise junto ao MP (Ministério Público), à polícia e outros órgãos e foi verificado que ele era o único familiar com condições para ficar com a criança", explica.

"Além de ter uma vida estável e ser funcionário público, não foi encontrado nenhum problema contra o nome do familiar", afirma. Além disso, outros membros da família foram analisados, mas todos apresentaram problemas com drogas ou bebida alcoólica.

Antes disso, a guarda da criança permaneceria com a mãe, mas o conselho recebeu denúncias de que a mãe é usuária de drogas e, por isso, não pode oferecer condições adequadas de vida à criança. As denúncias estão sendo apuradas.

A decisão quanto à guarda foi reforçada após o conselho intimar a mulher para prestar depoimento e acabou mudando a versão da história de como o filho teria ingerido a pedra de crack. Na segundo relato, disse que o irmão dela, ex-usuário de drogas, esteve na casa dela com amigos e, durante a visita, usaram o entorpecente. Por isso, a criança pode ter entrado em contato com a droga.

Decisão - De acordo com Martinelli, o órgão tem autonomia para entregar ao novo responsável um documento que confere poder de guarda sobre a criança. Por isso, a guarda fica em poder do avô do bebê até que o juiz decida quem terá a guarda permanente. "Entregamos um termo de compromisso ao avô e esse documento será válido até que o juiz determine a guarda permanente", explica o conselheiro.

O avô, que também mora em Três Lagoas, será acompanhado pelo MP, pela EMPA (Equipe Multidisciplinar de Prevenção ao Acolhimento) e outros órgãos de proteção à criança.

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