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Interior

Bilhete em rádio intriga e polícia investiga ligação com morte de prefeito

Mensagem deixada em rádio da família Acevedo diz que crime (sem dizer qual) foi praticado por político

Helio de Freitas, de Dourados | 02/06/2022 12:20
Bilhete deixado em rádio da família de José Carlos Acevedo, assassinado no mês passado. (Foto: Monumental AM)
Bilhete deixado em rádio da família de José Carlos Acevedo, assassinado no mês passado. (Foto: Monumental AM)

Bilhete escrito à mão, deixado em uma rádio da fronteira, intriga moradores e a polícia de Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande. O papel foi encontrado na porta da 570 AM Amambay, emissora que pertence à família do prefeito José Carlos Acevedo, assassinado no mês passado.

Sem fazer qualquer sentido, a mensagem levanta suspeita de participação de políticos do Partido Colorado no atentado contra o prefeito, que era filiado ao Partido Liberal, assim como todos seus familiares ligados à política. Partido Colorado e o Partido Liberal são rivais históricos no Paraguai.

“Ete crime es de lo colorado diputado seccionalero campana. Eta entre lo consejale ata su compra le perseguia esse viejo [este crime é do Colorado. Deputado, partido político em campanha, entre os vereadores, até na compra, perseguia a esse velho]”, diz o bilhete.

O comissário Abel Cantero, subchefe de investigações da Polícia Nacional no departamento de Amambay, disse que o bilhete será investigado, mas minimizou a importância da mensagem para as investigações. “A princípio, não guarda relação com o caso [execução do prefeito]. Não queremos dar muita importância, mas vamos investigar.”

Segundo o policial, a pessoa que deixou o bilhete foi gravada pelas câmeras do sistema de segurança, mas como havia muita neblina naquele horário, não foi possível a identificação. “Não podemos descartar a informação, mas também não podemos dizer que está correta”, afirmou o comissário.

José Carlos Acevedo, 51, foi baleado em frente à sede da prefeitura a do Palácio da Justiça, no centro de Pedro Juan Caballero, na tarde de 16 de maio deste ano. Ferido por sete tiros de pistola 9 milímetros no pescoço, no rosto e no braço, ele morreu quatro dias depois.

A principal pista até agora é uma das armas do crime, uma pistola Glock que pertencia a Fernando Javier Lezcano Giménez, o “Gordo”, executado em 2017, em Pedro Juan.

Como a arma era registrada, foi devolvida para a viúva, Mirta Raquel López. Ela está presa suspeita de ligação no assassinato do prefeito. A mulher alega que repassou a arma para sua advogada Liz López Peña como pagamento de honorários. A advogada nega ter recebido a pistola, mas também é suspeita e cumpre prisão domiciliar por ter filhos pequenos.

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