Situação dos brasiguaios deve ser discutida na visita de Dilma ao Paraguai
Expulsos do país vizinho permanecem acampados em Itaquiraí

A situação agricultores que vivem na área de fronteira do Brasil com o Paraguai, conhecidos como brasiguaios, deverá ser um dos temas discutidos durante a visita da presidente Dilma Roussef ao país vizinho no dia 26 de março.
O assunto é considerado um dos mais delicados na relação entre os dois países. Os brasiguaios reclamam de preconceito e discriminação no Paraguai. No ano passado, várias famílias vieram para Mato Grosso do Sul após terem sido expulsas daquele país por milícias contrárias à presença de estrangeiros.
A princípio, eles se juntaram a um acampamento Sem-Terra na BR-163, em Itaquiraí, mas decisão judicial determinou a desocupação da área. Com isso, os brasiguaios montaram acampamento na MS-487, na mesma cidade, e permanecem no local.
Desde o ano passado, quando os conflitos com os brasiguaios se intensificaram, foram reforçadas também as negociações em busca de uma solução. As famílias que sofrem discriminação são brasileiras e descendentes que moravam no país vizinhos há cerca de três décadas antes de serem expulsas.
Itaipu - Durante a visita ao Paraguai, a presidente cumprirá uma “agenda ambiciosa”, conforme definido pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante reunião com Lugo na última segunda-feira (17).
Durante a visita, Dilma irá defender a ampliação das parcerias nas áreas social incluindo saúde, educação e erradicação da pobreza.
Fernando Lugo, por sua vez, espera que o Congresso Nacional tenha aprovado o tratado de revisão do acordo de tarifas da Hidrelétrica de Itaipu até a data Ada visita. Contudo, o tema está pronto para ser apreciado pelos parlamentares desde o ano passado e ainda não tem data para ser votado.
Lugo espera um acordo no qual a taxa anual de cessão paga ao Paraguai pela energia não usada da Itaipu Binacional passe de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões.
O valor atual pago pelo Brasil corresponde a US$ 43,8 pelo megawatt-hora de Itaipu somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza.
Fechado o acordo e aprovado pelos parlamentos dos dois países, o Brasil passará a pagar US$ 9,51 pela taxa de cessão. (Com informações da Agência Brasil)