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Interior

Buscas por menina desaparecida no rio diminuem a partir de sábado

De acordo com bombeiros da cidade, protocolo determina 7 dias de busca intensa e o prazo já foi ampliado, mas fatores climáticos atrapalham e corpo não foi encontrado

Elci Holsback | 30/03/2017 12:43
Cerca de 50 militares dos Bombeiros estão envolvidos nas buscas (Foto: O Pantaneiro)
Cerca de 50 militares dos Bombeiros estão envolvidos nas buscas (Foto: O Pantaneiro)

As buscas pelo corpo de Laura Freitas, 11 anos, desaparecida no rio Aquidauana - distante 135 km de Campo Grande desde o último dia 17 de março terão novo rumo a partir de sábado (1°).

Até esta sexta-feira, quando completam duas semanas do desaparecimento, equipes da Marinha e Exército, direcionadas pelo 1° Sub-Grupamento dos Bombeiros realizam buscas extensivas nas águas do rio e por terra, em trabalho com 12 horas diárias de duração. Já no sábado, a procura continua por varreduras e plantão de atendimento.

"O protocolo de buscas determina trabalho extensivo por até sete dias e aqui, aumentamos esse prazo por mais uma semana, com ação contínua de pelo menos 50 militares dos bombeiros, mais a colaboração da Marinha e Exército. Percorremos cerca de 100 km por rio e mais 70 km em terra fazendo as buscas e orientando ribeirinhos, moradores e pesqueiros para que caso haja qualquer sinal da criança, mesmo sem certeza, que nos avisem", relata a comandante do sub-grupamento, major Geísa  Maria Romero.

A comandante adianta ainda que o caso é atípico, principalmente na região, onde em geral, os corpos são encontrados em dois dias. Entretanto, o grande volume de chuvas e o excesso de vegetação podem influenciar para que o corpo não apareça.

"Em geral os corpos tendem a boiar em 48 horas, até devido a liberação de gases. As buscas concentram nesse período na região onde aconteceu o acidente e conforme os dias passam, o espaço é ampliado, mas em geral, mesmo após uma semana não é normal que o corpo ultrapasse 17 km do local do acidente. Temos na corporação moradores e pessoas nascidas e que conhecem bastante o rio e há apenas dois casos semelhantes, o de uma pessoa encontrada após 31 dias de buscas e outra que o corpo nunca apareceu, após acidente também em período de cheia", conta a major.

O rio Aquidauana passa Dois Irmãos do Buriti, Corguinho e Rochedo, além de Aquidauana e as chuvas dos últimos dias estão deixando as águas turvas. 

"No dia que aconteceu o acidente havia chovido 70 mm na cidade e a visibilidade é praticamente zero a partir de 1 metro de profundidade. Mas ainda assim, até amanhã as três equipes mantém o trabalho, enquanto duas sobem, uma desce o rio", afirma a militar.

De acordo com o site O Pantaneiro, a criança desapareceu enquanto passeava com o padrasto em um barco. O motor de popa falhou e a a menina caiu com impacto da embarcação, que bateu em uma ponte. 

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