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Interior

Capital do Pantanal completa 237 anos com desfile e shows nesta segunda

Caroline Maldonado | 21/09/2015 09:31
Cidade é portal do Pantanal (Foto: Marcos Ermínio)
Cidade é portal do Pantanal (Foto: Marcos Ermínio)
No fim da década de 70, Corumbá passou a explorar o turismo e foram restauradas construções históricas (Foto: Marcos Ermínio)
No fim da década de 70, Corumbá passou a explorar o turismo e foram restauradas construções históricas (Foto: Marcos Ermínio)

Completa 237 anos hoje (21), a Cidade Branca, também chamada de Capital do Pantanal, cujo nome vem do Tupi-Guarani. Curupah, que significa lugar distante, era como os primeiros moradores chamavam Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, que comemora a data com desfile cívico-militar, na Avenida General Rondon e shows, na Praça Generoso Ponce.

Para facilitar a ida dos moradores ao desfile, previsto para começar às 16h, a passagem de ônibus custará apenas R$ 1, entre 15h e 23h59, segundo a prefeitura da cidade, que tem hoje 108,6 mil habitantes e 64,9 mil Km², conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o fim do desfile, começam os shows. O primeiro será do cantor sertanejo Evandro Campos, uma das revelações nacionais do sertanejo universitário. Em seguida, se apresenta o grupo regional Terra Branca, fundado em Corumbá na década de 70; além de baterias de escolas de samba da cidade.

História - A cor clara do solo, rico em calcário, é o que dá à cidade o apelido de Cidade Branca. Com a chegada dos portugueses, a partir de 1524, na terra conhecida pelos índios como Curupah, se instalou, tempos depois, o Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque. Ele foi fundado em 1778 para impedir os avanços dos espanhóis pela fronteira brasileira em busca do mineral precioso. A partir desta data se comemoram os aniversários, mas o vilarejo foi elevado a distrito, em 1838 e passou a ser município, em 1850.

Durante a Guerra do Paraguai, entre 1864 a 1870, a freguesia de Santa Cruz de Corumbá, nome que recebeu na emancipação, foi palco de uma das principais batalhas da Guerra do Paraguai, sendo ocupada e destruída por tropas do então presidente do Paraguai, marechal Francisco Solano López, em 1865. Foi a empregada do presidente que, tentando fazer uma sopa convencional, inventou a sopa paraguaia, diz a lenda. Ela colocou milho demais no caldo que foi ao forno de barro e dizem que o próprio marechal deu o nome: sopa paraguaia. A culinária corumbaense tem também pratos de referência boliviana, como sarravulho, chipa, arroz boliviano e puchero.

Ao ser retomada pelo tenente-coronel Antônio Maria Coelho, em 1870, a cidade começou a ser reconstruída. Imigrantes europeus e de outros países sul-americanos chegaram, impulsionando o desenvolvimento local. Como isso, Corumbá foi o terceiro maior porto da América Latina até 1930, segundo a atual prefeitura.

Com a implantação dos trilhos da extinta Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no início do século XX, o eixo comercial migrou para Campo Grande. Então, Corumbá passou a priorizar a exploração mineral e a atividade agropecuária. Na década de 1940, começou o aproveitamento das reservas de calcário.

No fim da década de 70, o município passou a explorar o turismo e foram restauradas construções históricas. Foi então, que a cidade ficou conhecida como Capital do Pantanal, bioma que ocupa 60% do território da cidade.

Corumbá foi o terceiro maior porto da América Latina até 1930 (Foto: Marcos Ermínio)
Corumbá foi o terceiro maior porto da América Latina até 1930 (Foto: Marcos Ermínio)
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