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Interior

Com visitas proibidas, triplica apreensão de droga arremessada em presídio

Nos últimos dias foram quatro apreensões de drogas jogadas sobre a muralha da PED; destino é raio onde ficam presos do PCC

Helio de Freitas, de Dourados | 09/04/2020 14:31
Garrafas pet com droga, jogadas em mochila sobre muralha de penitenciária (Foto: Divulgação)
Garrafas pet com droga, jogadas em mochila sobre muralha de penitenciária (Foto: Divulgação)

O número de apreensões de drogas arremessadas sobre a muralha da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) triplicou nas últimas semanas e policiais penais afirmam que o aumento ocorreu após a suspensão das visitas em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Nos últimos cinco dias ocorreram pelo menos quatro apreensões de drogas jogadas por pessoas que se aproximam do muro do presídio, o mais superlotado de Mato Grosso do Sul, com pelo menos 2.700 presos.

A reportagem apurou que em todos os casos, as drogas eram destinadas a presos do raio II, onde ficam integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Para jogar a droga sobre a muralha, os “entregadores” usam garrafas pet em mochilas e até estilingue. Os pacotes são na maioria de maconha e cocaína.

Segundo fontes ouvidas pelo Campo Grande News, após o pacote cair no pátio, os presos saem pelas grades serradas e levam a droga para as celas. Os arremessos são feitos principalmente ao lado da torre de vigilância que está desativada. O policiamento da parte externa do presídio é feito pela PM (Polícia Militar). As apreensões dos últimos dias ocorreram após os policiais penais perceberem, pelo sistema de videomonitoramento, os pacotes sendo jogados no pátio.

As visitas nos presídios de Mato Grosso do Sul foram suspensas no mês passado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) como forma de reduzir os riscos de contágio da população carcerária e de servidores do sistema pelo novo coronavírus. Em Dourados, a Justiça também concedeu liberdade provisória ou prisão domiciliar a pelo menos 250 presos dos regimes semiaberto e aberto.

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