Comerciantes reclamam de prejuízos com via fechada há 3 meses por obra
Sem fluxo de clientes, mercado teve queda de 40% nas vendas e loja de paisagismo perdeu cerca de R$100 mil
Uma obra que dá acesso ao Bairro Pro Moradia XIV em Rio Brilhante, cidade há 163 km de Campo Grande tem trazido muita dor de cabeça aos comerciantes da região, isso porque os serviços de asfaltamento entorno de uma rotatória ali impedem a passagem de veículos há pelo menos três meses causando prejuízos as empresas no local.
A situação segundo comerciantes é antiga. A região é passagem de muitos caminhões e carretas o que fez com que o asfalto começasse a afundar. A recuperação foi feita uma vez em 2013, mas o problema retornou. Dessa vez então, todo o asfalto foi arrancado para ser refeito.
A rotatória compreende as Avenidas Augusto Lopes, Lourival Barbosa e a Rua Jeová da Fonseca. Segundo empresários, a previsão de término da obra era início de novembro.
“Falaram que ia fechar uma via de cada vez, mas fecharam tudo há três meses. Mal conseguimos pagar as contas e os funcionários porque não recebemos cliente”, reclama o comerciante Rogério Soares da Silva de 30 anos, dono de uma loja de paisagismo há dois anos no local.
“Eles falam que trabalham até tarde da noite, mas eu moro aqui na loja e não vejo ninguém. Eu vendia R$100 mil por mês, agora não chega a R$30 mil. Estou perdendo clientes e fornecedores. Estou pensando em vender meu caminhão para ajudar nas contas. Tem comerciante nem querendo mais abrir a loja”, afirma.
Ao Campo Grande News, os comerciantes afirmam que já entraram em contato com a Prefeitura e com o secretário responsável, mas não conseguem uma solução e quando cobram da empresa são atendidos com falta de educação. “É falta de projeto. Fecharam e nem pensaram na gente. Eu mal consigo entrar em casa, tenho que dar a volta por uma reserva e ainda passa por lama”, explica.
Outro comerciante afetado é Marcos Baleiro, 32 anos. Ele tem um mercado há 7 anos e é a segunda vez que passa por isso. “Em 2013 eu havia aberto o mercado fazia um mês e fecharam a rua pra fazer o mesmo serviço por sete meses, foi bem difícil. Agora em 40 dias minhas vendas caíram cerca de 40%”, conta.
“Eu ainda consigo vende um pouco mais porque sou do ramo alimentício, mas o fluxo que tínhamos, perdemos tudo”, conclui.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Rio Brilhante e aguarda retorno.