ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 23º

Interior

Comunidade indígena sofre ataque e Cimi acusa pistoleiros de fazenda

Mariana Lopes | 06/04/2014 17:19

A comunidade indígena Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue, que está instalada na antiga fazenda Cambará, às margens de uma estrada vicinal próxima a Iguatemi, foi atacada na madrugada deste domingo (6). Os moradores foram acordados com barulhos de tiros disparados em direção aos barracos.

Segundo nota enviada pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o ataque foi feito por pistoleiros da fazenda Cachoeira, também em Iguatemi, que invadiram a propriedade rural armados com revólveres e espingardas de grosso calibre e dispararam tiros contra os barracos de lona.

Assustados, os indígenas saíram correndo para fugir dos pistoleiros. No tumulto, uma mulher, identificada como Síria Marcos, caiu e machucou gravemente os braços. De acordo com as lideranças indígenas, elas estão de posse de cartuchos e de balas encontradas depois do ataque.

Ainda conforme informações do Cimi, esta foi a terceira ação violenta de pistoleiros contra a comunidade de Pyelito Kue nos últimos 30 dias. O conselho pontua que geralmente os ataques são feitos de madrugada e sempre aos finais de semana.

Cansadas de serem alvos, as lideranças afirmaram que não esperam que o governo federal conclua o procedimento de demarcação de terra. “Não aguentamos mais, será que nós mesmos vamos ter que tomar a decisão de nos defender com mais força? Será que precisaremos matar ou morrer para que olhem, respeitem e garantam os nossos direitos? Não aguentamos mais tanto sofrimento”, pontuam as lideranças.

No final de 2012, os indígenas divulgaram uma carta afirmando a decisão de resistir em suas terras até as últimas consequências, o que despertou a atenção da opinião pública nacional e internacional. Na ocasião, eles viviam na beira do rio Hovy.

Nos siga no Google Notícias