Coordenador da Sesai chega a bloqueio com máquina para perfurar poços
O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) em Mato Grosso do Sul, Edemilson Canale, está reunido com índios que desde segunda-feira bloqueiam a MS-156, no município de Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Ele chegou por volta de 14h20 ao local do protesto, na rotatória de acesso à reserva indígena, acompanhado pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB) e pelo assessor jurídico Sesai, Marcelo da Silva Lins.
Uma máquina de perfuração de poços rebocada por um caminhão da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) também chegou ao local. O motivo do protesto dos índios é a falta de água nas aldeias Bororó e Jaguapiru. Eles cobram a perfuração imediata de dois poços artesianos, prometidos pela Sesai em maio, mas que até agora não foram iniciados.
Após a chegada dos representantes da Sesai e dos equipamentos, representantes dos índios se reuniram em um estabelecimento comercial próximo ao local para decidir se vão liberar a rodovia imediatamente ou apenas depois do início da perfuração dos poços.
A rodovia, que liga Dourados a Itaporã e Maracaju, foi bloqueada na segunda-feira de manhã e liberada no fim da tarde. Ontem cedo voltou a ser interditada e os carros só puderam passar após 17h. Hoje cedo mais uma vez a rodovia foi fechada pelos índios.
Eles afirmam que tomaram a decisão porque estão “cansados de promessas”. A data para início da perfuração dos poços foi alterada várias vezes. A falta de água atinge quatro mil pessoas na reserva, que tem 15 mil habitantes.