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Interior

CPI pede mais prazo para entregar relatório sobre obra de creche

Relator de CPI que investiga obra inacabada da administração de Marcos Pacco quer mais tempo para analisar novos documentos entregues pela prefeitura de Itaporã

Helio de Freitas, de Dourados | 30/03/2016 15:32
Ex-prefeito Marcos Pacco (à esquerda) no depoimento à CPI, dia 16 de março (Foto: Diário de Itaporã)
Ex-prefeito Marcos Pacco (à esquerda) no depoimento à CPI, dia 16 de março (Foto: Diário de Itaporã)

Foi prorrogado por 30 dias o prazo para conclusão do relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada pela Câmara de Vereadores para apurar indícios de desvio de recursos na construção de uma creche no município de Itaporã, a 227 km de Campo Grande. O prazo de 90 dias terminaria hoje (30), mas por unanimidade os vereadores decidiram ontem à noite prorrogar os trabalhos por mais um mês.

Localizada no bairro Santa Terra, a escola começou a ser construída em 2010, na administração do ex-prefeito Marcos Pacco (PSDB), para atender 200 crianças, mas foi deixada pela metade. Para fazer a obra, o município recebeu R$ 1,2 milhão do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), dinheiro viabilizado pelo então deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT).

“Pedimos documentos da prefeitura relativos a 2010, 2011, que devem chegar nos próximos dias e precisam de uma análise detalhada. Por isso solicitamos mais prazo para entregar o relatório. Estamos confiantes que esses 30 dias serão suficientes para a conclusão”, afirmou hoje ao Campo Grande News o relator da CPI, André de Moura Brandão (PHS).

O vereador afirmou que diante desses fatos novos, outras pessoas podem ser convocadas para depoimento. Até o dia 16 deste mês, quando a CPI encerrou a fase de oitivas de investigados e testemunhas, 12 pessoas tinham sido ouvidas, entre elas o ex-deputado Biffi e o ex-prefeito Marcos Pacco.

Presente de grego – Marcos Pacco considerou “presente de grego” os recursos liberados pelo FNDE para construção da creche. No depoimento à CPI, no dia 16 deste mês, o ex-prefeito disse que os recursos foram insuficientes, apesar de obras semelhantes terem sido construídas em outras cidades de Mato Grosso do Sul.

Ainda no depoimento, o ex-prefeito admitiu que a obra da creche foi deixada pela metade – contrariando dado oficial encaminhado ao FNDE durante a gestão do próprio Marcos Pacco, informando que 93% da construção estava pronta.

“Ele reconheceu que a obra não está 93% concluída, como foi informado ao FNDE, mas não soube explicar quem passou essa informação ao fundo. O ex-prefeito disse que isso precisa ser investigado”, contou o relator da CPI.

Outros dois investigados – o diretor da construtora Santo Agostinho, Silvano Alves, e o engenheiro responsável pela obra Marcio Moura – também foram ouvidos naquela audiência.

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