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Interior

Crime organizado preocupa e promotores pedem tropas federais na fronteira

Entre medidas que podem ser adotadas para conter organizações criminosas, promotores apontam maior controle na entrada e saída de pessoas na fronteira com Paraguai e Bolívia

Helio de Freitas, de Dourados | 08/08/2016 09:25
Fronteira com o Paraguai, onde atuação do crime organizado aumentou nos últimos meses (Foto: Helio de Freitas)
Fronteira com o Paraguai, onde atuação do crime organizado aumentou nos últimos meses (Foto: Helio de Freitas)

A presença mais efetiva das forças federais nas fronteiras de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai é uma das ações defendidas pelo Ministério Público Estadual para conter o crime organizado que atua nos dos lados da linha internacional.

Promotores de Justiça das cidades fronteiriças também defendem o maior controle de entrada e saída de pessoas e bens do território nacional como forma de fortalecer a segurança na fronteira e permitir o combate efetivo e eficaz dos crimes fronteiriços e da atuação das organizações criminosas.

As medidas fazem parte de um documento entregue pelos promotores ao procurador-geral de Justiça, Paulo Cezar do Passos, na sexta-feira (5), em que detalham a situação das fronteiras e fazem sugestões sobre ações que o próprio Ministério Público possa adotar para atuar com maior eficácia nessas áreas.

Os promotores defendem maior integração entre órgãos de inteligência e de investigação para compartilhamento de informações, inclusive de países vizinhos. Também solicitaram que a Procuradoria-Geral de Justiça cobre a contratação de agentes penitenciários em número suficiente para garantir a segurança nos presídios estaduais.

Na semana passada, pelo menos 400 presos liderados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) se rebelaram e destruíram a penitenciária de segurança máxima de Naviraí, a 366 km de Campo Grande.

Dois presidiários foram executados pelos próprios presos, que incendiaram um pavilhão e passaram a noite tomando conta do presídio. Na madrugada de sexta, três ônibus da prefeitura foram queimados, supostamente por ordem da facção criminosa.

Campanha - O documento entregue na sexta-feira foi elaborado após uma reunião em Ponta Porã, no mês passado. A partir de agora, a Procuradoria-Geral de Justiça vai desenvolver uma campanha para chamar atenção da sociedade e dos governantes sobre o problema das fronteiras.

“Encontramos pontos em comum na área de segurança pública, de deficiência tanto na questão estrutural quanto na carência de pessoal, falta de efetivos e falta de política públicas de segurança. Precisamos de política voltada para esta realidade, uma vez que integrantes de facções criminosas estão dominando essas áreas, pois o nosso território está aberto, sem segurança o suficiente”, afirmou a promotora de Justiça do Gaeco em Dourados, Claudia Loureiro Ocariz Almirão.

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