Defensor confirma festa, mas diz que não sabia de resultado positivo para covid
Promotoria apontou que próxima festa seria em lancha particular, no Balneário Municipal de Sonora

O defensor público Vitor Plenamente de Calazans Ramos, testado positivo para covid-19, confirmou que havia participado de evento no dia 4 de julho, mas afirmou que foi informado sobre o resultado do exame somente quatro dias depois.
Vitor é uma das seis pessoas que foram determinados pela Justiça de Sonora, a 364 km de Campo Grande, a cumprir a quarentena. A multa diária, em caso de descumprimento, é de R$ 5 mil, considerando a situação financeira dos envolvidos. Entre eles também há empresário e arquiteto.
A nota divulgada pela Defensoria Pública afirma que Vitor tem seguido as orientações da Secretaria de Saúde. “O caso será encaminhado para a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública de MS para verificar com maior precisão a conduta do defensor público”, completou o órgão.
O promotor Fernando Peixoto Lanza afirmou que no evento do dia 4 foram constatadas as presenças de dezenas de pessoas e que os mesmos ainda pretendiam fazer nova festa, desta vez em lancha particular no Balneário Municipal, dificultando a fiscalização.
Para a promotoria, a realização de eventos e descumprimentos às normas mostra que o grupo pretende contrastar a autoridade da norma sanitária, debochar do esforço alheio, zombar dos direitos de vizinhança e expor a coletividade a risco desnecessário.
De acordo com o juiz Bruno Palhano Gonçalves, o município de Sonora tem decreto proibindo da realização de confraternizações, aniversários e festas particulares. Desta forma, o grupo será obrigado a seguir a determinação imposta pela prefeitura, além da quarentena de 14 dias.
O boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) desta quinta-feira (16) aponta 63 casos de covid-19 e uma morte em Sonora.