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Interior

Desembargador nega liberdade à mulher que mandou amante matar marido

Mayra de Lima Luna deve ser transferida nas próximas horas para o presídio feminino de Jateí

Helio de Freitas, de Dourados | 18/02/2022 13:53
Mayra ao lado do marido, morto a golpes de faca e jogado em estrada pelo amante dela. (Foto: Arquivo)
Mayra ao lado do marido, morto a golpes de faca e jogado em estrada pelo amante dela. (Foto: Arquivo)

Paschoal Carmelo Leandro, desembargador da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, negou nesta sexta-feira (18) liberdade para Mayra de Lima Luna, 22, presa pelo assassinato do marido, o borracheiro Douglas Novaes Rocha, 27.

A morte ocorreu na madrugada de segunda-feira (14), em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Bruno José Feliciano, 21, amante de Mayra e que a ajudou no crime, está foragido. Ela afirma ter sido Bruno o autor das facadas enquanto Douglas dormia bêbado no sofá da casa do casal.

O habeas corpus com pedido de liminar foi impetrado pelo advogado Áustrio Ruberson Prudente Santos, que assumiu a defesa da mulher. Ele alegou no recurso que Mayra não tem antecedentes criminais, tem emprego fixo (ela trabalha na linha de produção de um frigorífico de frangos), é mãe de três filhos pequenos (de 7, 6 e 2 anos, todos filhos de Bruno) e ainda amamenta o menor.

Entretanto, os argumentos não convenceram o desembargador. Ele citou que Mayra confessou ter matado o marido junto com Bruno e rechaçou a alegação de que ela tem três filhos pequenos, citando que as crianças estão aos cuidados da avó materna.

Apesar da liminar negada, o habeas corpus ainda será avaliado pelos três desembargadores da 1ª Câmara Criminal. Como é de praxe, Paschoal Carmelo Leandro pediu informações ao juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados Eguiliell Ricardo da Silva, para embasar o julgamento do recurso.

O juiz douradense já respondeu ao Tribunal. No ofício encaminhado hoje ao desembargador, ele relembrou que o flagrante foi homologado e convertido em prisão preventiva para garantia da ordem pública e em razão da gravidade do caso, “uma vez que a ora paciente [Mayra] teria arquitetado o homicídio de seu convivente e teria autorizado a execução quando o ofendido estaria embriagado, deitado no sofá”.

Ele cita ainda a informação de que o filho do casal, de apenas 2 anos, estaria em quarto da mesma residência enquanto o pai era assassinado com pelo menos nove golpes de faca. Eguiliell Ricardo da Silva já solicitou vaga para Mayra no presídio feminino de Jateí. Ela deve ser transferida da 1ª Delegacia de Polícia de Dourados para o presídio nas próximas horas.

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