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Interior

“Ela é um verdadeiro milagre”, diz mãe de criança atropelada pelo ex-marido

A bebê completou 2 meses no hospital, onde ficou 24 dias internada com politraumatismo e TCE grave

Viviane Oliveira | 10/05/2021 12:45
Wagner morreu no acidente e a filha, de 2 meses, foi socorrida em estado grave (Foto: reprodução / Facebook) 
Wagner morreu no acidente e a filha, de 2 meses, foi socorrida em estado grave (Foto: reprodução / Facebook)

Depois de 24 dias internada na Santa Casa, a bebê de 2 meses, que foi ferida em acidente causado de propósito pelo ex-marido da mãe, recebeu alta. “Gratidão a Deus. Ela é um verdadeiro milagre”, disse Laudicéia Gonçalves Dias, de 36 anos, ao ser indagada sobre o sentimento de estar em casa com a filha depois de tanta angústia. Na ocasião, o pai da menina, Wagner da Silva de Assis, de 30 anos, morreu atropelado.

Em estado grave, a criança deu entrada no dia 13 do mês passado, às 22h56, no mesmo dia em que ocorreu o acidente, com politraumatismo e TCE (Traumatismo Craniano Encefálico) grave. Ela passou por vários dias respirando com ajuda de cateter na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foi se recuperando aos poucos.

A  bebê recebeu alta médica na última sexta-feira (7) e será acompanhada por um neurologista. O responsável pelo crime, Ângelo Maria Félix, 51 anos, o ex-marido de Laudicéia, foi preso dias depois após o crime.

Como foi - Na tarde do dia 13 de abril, Laudicéia e Wagner, que levava a filha no carrinho, seguia pela Rua Rio Grande do Sul, no Bairro Nova Rio Verde, quando Ângelo avistou ambos caminhando e acelerou o veículo, um Fiat uno, de cor vinho, em direção aos três. Wagner sofreu ferimentos graves e foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao hospital da cidade, mas não resistiu e morreu.

Com o impacto da batida, a bebê foi arremessada do carrinho e rolou pelo asfalto. Ela teve traumatismo craniano e devido aos ferimentos foi transferida para Campo Grande. Laudiceia ficou em estado de choque, recebeu atendimento médico e passou por uma psicóloga. À polícia, testemunhas e familiares disseram que o autor não aceitava o fim do relacionamento.

Ele se entregou dias depois após o crime e alegou que teve um “branco” no momento em que atropelou Wagner. Se dizendo arrependido, ele não quis informar o local em que se escondeu durante os últimos dias. De acordo com o delegado que investigou o caso, Gabriel Cardoso, o homem relatou que não havia visto o bebê, muito menos o carrinho.

Ângelo reponde por tentativa de feminicídio, tentativa de homicídio com aumento de pena em razão da idade da criança, homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe e posse irregular de arma de fogo.

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