Em 10 dias, operação binacional elimina 281 hectares de maconha na fronteira
Somando droga que já estava processada em 83 acampamentos, volume destruído chega a 852 toneladas
Terminou a 29ª edição da operação binacional Nova Aliança, que durante dez dias eliminou roças de maconha e acampamentos usados pelos traficantes para processar a droga em áreas de matas, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
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Desencadeada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai com apoio de helicópteros cedidos pela Polícia Federal brasileira, a operação foi concentrada em bosques na zona rural de Amambay, departamento na fronteira com Mato Grosso do Sul que tem Pedro Juan Caballero como capital.
Balanço divulgado nesta sexta-feira (4) pela Senad revela pelo menos 852 toneladas de maconha eliminadas durante as ações. O prejuízo aos traficantes foi estimado em 25 milhões de dólares.
A maior parte da droga destruída – 843 toneladas – seria resultado da produção de 281 hectares de lavouras, onde a erva foi cortada e queimada pelos agentes especiais. Cada hectare produz em média três toneladas de maconha pronta para o consumo. Quase toda a produção seria destinada ao mercado brasileiro.
As roças de maconha foram eliminadas nas áreas de Ñu Verá, Cerro Kuatia, Cadete Boquerón, Trabuco, Alpasa, Tatú e San Luís, todas no Departamento de Amambay.
Dentro da mata, as equipes da Senad destruíram 83 acampamentos narcos, onde foram encontradas 9 toneladas da droga já processada. Os acampamentos são usados para secar, picar, prensar e embalar a maconha.
Segundo a agência antidrogas do Paraguai, a maconha continua sendo o principal produto de capitalização das organizações criminosas instaladas na linha internacional. Quadrilhas brasileiras e argentinas se alimentam da estrutura de produção instalada no Paraguai.