ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 21º

Interior

Em briga por reajuste, sindicato diz que indústria está coagindo trabalhadores

Caroline Maldonado | 21/11/2014 11:36
Funcionários e sindicalistas fizeram manifestação em frente a Fibria, em setembro deste ano (Foto: Divulgação/Sititrel)
Funcionários e sindicalistas fizeram manifestação em frente a Fibria, em setembro deste ano (Foto: Divulgação/Sititrel)

O sindicato que entrou na Justiça por reajuste salarial representando funcionários de três indústrias de papel e celulose, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, emitiu carta de repúdio hoje (21) afirmando que recebeu denúncias de que a Fibria tenta fazer um abaixo-assinado entre os empregados com fim de anular a assembleia em que a maioria deles votou contra o reajuste oferecido pela empresa.

Conforme o Sititrel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose), 70% dos trabalhadores votaram em reajuste de 8,33%, contra os 7% oferecidos pelas indústrias Fibria, Eldorado Brasil e International Paper.

Em nota, a entidade diz que repudia a forma com que a empresa Fibria encara as negociações sindicais. “Por meio de seu corpo diretor, o Sititrel, recebeu inúmeras denúncias de coação e terrorismo dentro da indústria. O sindicato afirma ainda que tomará as devidas providências em relação ao abaixo-assinado, a fim de proteger funcionários do que classifica como “manobras ilícitas praticadas pela empresa”.

O Sititrel afirma ainda que o ato da empresa contribui para “opressão democrática” e recomenda que a Fibria trate do caso apenas na Justiça “de forma pacífica e honesta”. A entidade aproveita para pedir aos trabalhadores que confiem nas decisões que estão sendo tomadas. Conforme a carta, o Sititrel promete fazer “esforço para concretizar o melhor acordo coletivo da história dos trabalhadores de papel e celulose de Três Lagoas”.

Por meio de assessoria de imprensa, a Fibria informou que não tem conhecimento de nenhum tipo de abaixo-assinado e que atua para atender as reivindicações dos funcionários dentro das possibilidades da empresa. Uma nota oficial sobre o assunto ainda será enviada pela empresa.

Reivindicação – Nas negociações que começaram em abril, os empregados e sindicalistas das três empresas já fizeram manifestações e três assembleias, nas quais mais de 50% dos funcionários votaram contra o reajuste oferecido por ambas.

Sem acordo, o Sititrel deu entrada em processo de dissídio coletivo aguarda a convocação para as audiências que devem acontecer em Campo Grande.

(Matéria atualizada às 14h01 para acréscimo de informações.

Nos siga no Google Notícias