ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 21º

Interior

Em greve, funcionários abrem mão de cargos por melhorias no trabalho

Caroline Maldonado | 05/11/2015 12:51
Entre as reivindicações está a retomada das obras da UFN3 (Foto: Divulgação)
Entre as reivindicações está a retomada das obras da UFN3 (Foto: Divulgação)

Os supervisores interinos da operação da Usina Termelétrica Luís Carlos Prestes, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, assinaram uma carta abrindo mão dos seus cargos comissionados. O Sindipetro SP (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo) protocolou o documento junto na Petrobras, na manhã de hoje (5). Ontem (4), cerca de 70% dos 60 funcionários da usina aderiram à paralisação nacional dos petroleiros.

A ação é para impedir a empresa de formar uma segunda equipe de contingência, já que não tem à disposição trabalhadores em cargo de confiança, segundo o diretor do Sindipetro, Gilmar Silva. Segundo ele, a atitude é em resposta ao descaso dos supervisores, que integram a equipe de contingência.

De acordo com o sindicato, ontem (4) um oficial de Justiça esteve na empresa para averiguar a situação do contingente e, por meio de habeas corpus, liberar a saída do pessoal, que estava trabalhando a dois dias ininterruptamente. “O grupo fez pouco caso do documento judicial e se negou a sair. A Justiça do Trabalho estabeleceu, então, um acordo de troca de um funcionário da contingência a cada 24 horas. A primeira saída ocorreu às 6h de hoje”, contou o sindicalista. Dessa forma, a unidade passou a operar com um trabalhador a menos do que o número mínimo recomendado.

Ainda conforme Gilmar, os técnicos de operação da UTE estão assinando uma lista, na qual se negam a ocupar cargos de supervisão ou interinidade. “Estamos coletando assinaturas de todos os operadores, que também são contrários à atitude dos supervisores de continuarem dentro da empresa. Esse pessoal, certamente, está exausto diante de tantas horas de trabalho e isso aumenta os riscos de acidentes e coloca em risco a vida desses trabalhadores”, argumentou.

Em nota, a Petrobras disse que a greve coordenada pelas entidades sindicais afeta as operações da companhia e houve queda de produção de 178 mil barris de petróleo, o que corresponde a cerca de 8,5% da produção diária no Brasil. “A Petrobras continua tomando as medidas necessárias para garantir a manutenção de suas atividades, preservando suas instalações e a segurança de seus trabalhadores”, diz a nota.

Reivindicação - Os grevistas querem reajuste de salários e protestam contra o plano de venda de ativos da estatal. Além disso, pedem melhorias no controle da segurança do trabalho, assim como a retomada das obras da UFN3, entre outras reivindicações. A UFN 3 em Três Lagoas tinha previsão inicial de ser concluída em 2014, mas a obra parou em novembro daquele ano.

Nos siga no Google Notícias