Em mutirão, HU faz em um dia mesmo número de cirurgias de um mês
Quinze pessoas passaram por cirurgia vascular ontem no Hospital Universitário de Dourados, que retomou procedimentos
O HU (Hospital Universitário) de Dourados fez ontem (31) o mesmo número de cirurgias vasculares que normalmente leva um mês para fazer. Quinze pessoas passaram pelo procedimento no 2º Mutirão Nacional da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
A enfermeira Mônica de Souza Dantas, chefe da Unidade de Cirurgia do HU, informou que as cirurgias começaram por volta de 7h, mobilizando as quatro salas e uma equipe de 30 colaboradores do centro cirúrgico, entre cirurgiões vasculares, anestesiologistas e profissionais de enfermagem.
“Houve muito comprometimento e celeridade por parte do grupo, de forma que todas as cirurgias, que poderiam levar quase 10 horas de trabalho, foram concluídas em seis horas”, explicou Mônica.
De acordo com a assessoria do HU, a ação marcou o retorno das cirurgias vasculares no hospital da UFGD. O procedimento estava suspenso há pelo menos dois anos por falta de insumos e materiais específicos, comprados recentemente pela administração da instituição. A partir de agora a meta do HU é fazer 20 cirurgias vasculares por mês.
“Reorganizamos a equipe do centro cirúrgico, os horários dos profissionais, a estrutura das salas de cirurgia e adquirimos os itens que faltavam para que voltar a oferecer o serviço que pode mudar a vida de tantas pessoas que aguardam pelo procedimento cirúrgico”, afirmou a superintendente do HU da UFGD, Mariana Croda.
Pacientes – A feirante Ana Fuzi Morikawa estava há pelo menos três anos esperando pela cirurgia. As várias horas que passa em pé na barraca de feira atendendo os clientes provocaram varizes e algumas feridas.
“É uma agonia ter que esperar, fico imaginando como deve ser para outras pessoas, que sentem mais dor que eu, pessoas que eu já conheço daqui das consultas e que também vão fazer a cirurgia. Mas é muito bom saber que agora todos vão ser atendidos”, disse Ana, que tem 68 anos de idade.
A trabalhadora doméstica Eliene Gomes Damaceno, 56, esperou pelo procedimento de correção de varizes desde 2014 e disse ter ficado surpresa quando recebeu a ligação do HU para o agendamento. “Até cogitei não fazer, pois já fazia algum tempo que eu esperava. Mas fiz os exames, deu tudo certo e hoje estou aqui”.
Mônica Dantas disse que as cirurgias feitas ontem são consideradas de baixa e média complexidade e rápida recuperação. Alguns pacientes já terão alta hospitalar nesta quinta-feira (1º) e em duas semanas poderão retornar às atividades rotineiras.