Emenda de R$ 28,2 milhões para obras do anel rodoviário é cancelada
Aporte havia sido garantido via emenda parlamentar de bancada
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) cancelou recurso do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), no valor de R$ 28,2 milhões, para construção de anel rodoviário em Três Lagoas. O aporte havia sido garantido via emenda parlamentar de bancada ao orçamento federal, mas acabou direcionado à manutenção de estradas em Mato Grosso do Sul.
O cancelamento se deu por lei para abertura de crédito suplementar de R$ 52,1 milhões, publicada na edição desta segunda-feira (16) do DOU (Diário Oficial da União).
A implantação do anel rodoviário foi idealizada após EVTEAs (Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica) elaborados em 2016, que apontaram a necessidade do contorno em função da “caótica situação de trafegabilidade da Avenida Ranulpho Marques Leal”.
Segundo justificativa apresentada para emenda parlamentar, o trânsito na via cresceu de maneira acelerada e foi acentuado pelos caminhões para transporte de madeiras até as fábricas de celulose da região.
O argumento defende ainda que o atual traçado da cidade é ponto de convergência de estradas federais, estaduais e municipais.
As BRs 262 e 158 se encontram em Três Lagoas. A primeira começa no município, na hidrelétrica de Jupiá, atravessa toda a cidade e segue para Campo Grande. A segunda vem do norte do Estado.
De acordo com justificativa da emenda, a confluência transformou a avenida da cidade em rodovia, o que oferece riscos aos pedestres, ciclistas, motociclistas, carros de passeio e caminhões de carga pesada.
A construção do anel rodoviário demanda investimento total de R$ 200 milhões.
