Clínica suspeita de fraude tinha contratos de R$ 11 milhões em Nioaque
Mandados foram cumpridos hoje na Secretaria de Saúde; investigações apontam fraudes
Investigada por fraude e alvo da Operação Auditus, deflagrada nesta terça-feira (1º) pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a empresa Prontomed Clínica Médica LTDA possui contratos que atualmente somam R$ 11 milhões com a Prefeitura de Nioaque, a 184 quilômetros de Campo Grande, segundo dados de transparência publicados no Diário Oficial da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).
RESUMO
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Operação Auditus investiga fraudes em licitações de serviços médicos em Nioaque. A Prontomed Clínica Médica LTDA, alvo da operação, tinha contratos que somam R$ 11 milhões com a prefeitura. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da empresa, em Jardim e na Secretaria de Saúde de Nioaque. As investigações apontam para cobranças indevidas de exames não realizados, como o teste da orelhinha, gerando prejuízo estimado em R$ 3 milhões. A empresa foi contratada em 2019 e teve contratos prorrogados e renovados até 2024. O MPMS investiga fraudes em licitações. A reportagem tentou contato com os envolvidos, mas não obteve retorno. A atual gestão se pronunciará após acesso aos autos do processo.
Hoje, mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), junto ao Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), em Jardim, Bonito e na Secretaria de Saúde de Nioaque, conforme apuração do Campo Grande News. A operação investiga fraudes em licitações para contratação de serviços médicos.
Em maio de 2019, a Prontomed foi contratada por R$ 2,1 milhões para consultas, exames, procedimentos e cirurgias, com prazo de seis meses. Em novembro de 2022, houve aditivo que prorrogou o contrato até maio de 2023, dobrando o valor para R$ 4,2 milhões.
Em março de 2023, a prefeitura homologou novo pregão no valor de R$ 4,6 milhões, com vigência de 12 meses. No ano seguinte, em março de 2024, outro pregão foi adjudicado, também por R$ 4,6 milhões e validade de um ano.
Segundo o MPMS, as fraudes que resultaram na investigação incluem cobranças indevidas de exames que não eram realizados, como o teste da orelhinha. O prejuízo estimado passa de R$ 3 milhões entre 2019 e 2024.
O outro lado - A reportagem tentou contato com as partes citadas na matéria por e-mail e telefone, assim como o ex-prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior (PSDB), mas não houve resposta no prazo estipulado de uma hora definido para a publicação do texto. O espaço permanece aberto para declarações futuras.
A atual administração, de André Guimarães (PP), disse que só vai se pronunciar por meio dos advogados, assim que o acesso aos autos forem liberados.
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