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Interior

Empresário preso com R$ 8 milhões em cocaína é "peça chave" de grupo criminoso

Tiago e a esposa foram presos durante abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na segunda-feira (28}

Ana Paula Chuva | 30/12/2020 13:02
Tiago no momento da prisão. (Foto: Adilson Domingos)
Tiago no momento da prisão. (Foto: Adilson Domingos)

O empresário Tiago Augusto Soares, preso junto com a esposa Thayna Sampaio Claro, com cocaína avaliada em R$ 8 milhões na segunda-feira (28) em Ponta Porã, tiveram a prisão preventiva decretada. Para a Justiça Federal eles são considerados “função chave” em organização criminosa.

Tiago e a esposa foram pegos na segunda, durante uma abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal). O casal estava em um Jeep Cherooke com 64 quilos de cocaína pura avaliada em R$ 8 milhões. O empresário chegou a ficar irritado durante a abordagem, mas acabou confessando o transporte do entorpecente.

Em depoimento, Thayna afirmou que viajou com o marido no dia anterior para comprar roupas, e que teriam ficado hospedados em um hotel em Ponta Porã. Ela ainda contou que o carro foi passado para o nome dela alguns dias antes e acreditou ser de um parente de Tiago.

Thayna também contou que o casal pegou o carro com a droga na segunda de manhã, perto da divisa com o Paraguai e que não sabia da presença do entorpecente. Mas desconfiou que pudesse ter maconha escondida.

Já Tiago, se valeu do direito de permanecer em silêncio alegando apenas estar arrependido de ter aceito a proposta para o transporte da droga. Os dois foram presos em flagrante durante a abordagem.

O Ministério Público pediu a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, principalmente de Tiago que já tem inúmeras passagens criminais, incluindo disparo de arma de fogo, lesão corporal dolosa, homicídio simples na forma tentada e dano, quando ele atirou e ateou fogo no carro da ex-namorada.

A decisão da Justiça Federal foi favorável à prisão preventiva e cita que a forma do transporte e a quantidade de droga mostram que o casal tem participação em organização criminosa. Ainda cita que a logística usada pelo caso era comum ao tráfico de drogas.

“É evidente a elevada quantidade de droga, 64,6 kg de cocaína, acondicionada em tabletes de forma oculta em veículo de luxo, que demonstra possuírem os indiciados função chave em organização criminosa. Restou demonstrado também haver toda uma logística na operação, com veículo em nome de uma das passageiras e viagem em casal, bem como o recebimento prévio de quantia em dinheiro para realização do transporte da droga, indicando capacidade de elaborar planos mais complexos, para evitar a ação da polícia”, diz o documento

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