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Interior

Ex-secretário de Finanças de Bonito é solto com tornozeleira após 2 meses preso

Edilberto Cruz foi preso em 7 de outubro durante a Operação Águas Turvas, que investiga fraudes em licitações

Por Jhefferson Gamarra | 18/12/2025 18:35
Ex-secretário de Finanças de Bonito é solto com tornozeleira após 2 meses preso
Ex-secretário de Administração, Edilberto Cruz Gonçalves preso na Operação Águas Turvas (Foto: Reprodução)

O ex-secretário de Administração e Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves, ganhou liberdade condicional depois de pouco mais de dois meses preso. Ele foi um dos cinco alvos da Operação Águas Turvas, deflagrada em 7 de outubro deste ano, que apura um esquema de fraudes em licitações na Prefeitura de Bonito. O prejuízo estimado pelo Ministério Público ultrapassa R$ 4,3 milhões.

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Ex-secretário de Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves, obteve liberdade condicional após dois meses de prisão preventiva. Ele foi alvo da Operação Águas Turvas, que investiga fraudes em licitações na prefeitura, com prejuízo estimado em R$ 4,3 milhões.O Superior Tribunal de Justiça determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, como proibição de contato com investigados e acesso a prédios públicos. A decisão do ministro Ribeiro Dantas foi estendida aos demais investigados do caso.

A decisão foi tomada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que determinou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. O pedido foi apresentado pela defesa de Edilberto, agora conduzida pela advogada Isabela Medeiros Gurgel de Faria, filha do ministro do STJ, Luiz Alberto Gurgel de Faria, após o primeiro habeas corpus ter sido negado.

A decisão foi proferida pelo ministro Ribeiro Dantas, relator do recurso no STJ. Embora tenha reconhecido que existem provas de materialidade e indícios concretos de participação de Edilberto no esquema, o magistrado concluiu que não ficou demonstrada a imprescindibilidade da prisão preventiva. Segundo ele, as circunstâncias do caso permitem que a investigação continue sem risco à ordem pública desde que haja imposição de medidas restritivas.

Entre as determinações, o ex-secretário terá de usar tornozeleira eletrônica, está proibido de manter contato com outros investigados e testemunhas, não poderá acessar prédios da Prefeitura de Bonito e ficou impedido de exercer qualquer função pública no município enquanto o processo estiver em andamento.

Ribeiro Dantas destacou, porém, que a gravidade das acusações exige mecanismos para impedir que o suposto grupo continue atuando. “As circunstâncias descritas na decisão impugnada não demonstram a imprescindibilidade da prisão preventiva, mostrando-se adequadas as medidas cautelares alternativas”, registrou o relator.

O ministro também estendeu os efeitos da decisão aos demais corréus, determinando que o juízo responsável aplique medidas cautelares proporcionais à situação de cada um dos investigados.

A Operação Águas Turvas apura supostas fraudes em processos licitatórios da Prefeitura de Bonito desde 2021. Segundo as investigações, o grupo teria manipulado contratações para direcionar resultados e causar prejuízo aos cofres públicos.