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Interior

Executado em choperia tinha nome brasileiro e “tocava terror” na fronteira

Procurado no Paraguai, Luis Mateo Martinez Armoa era Luiz Matheus Maldonado no documento brasileiro

Helio de Freitas, de Dourados | 27/07/2021 14:52
Mateo em imagem postada na rede social que mantinha com nome brasileiro (Foto: Reprodução)
Mateo em imagem postada na rede social que mantinha com nome brasileiro (Foto: Reprodução)

O paraguaio Luis Mateo Martinez Armoa, 21, o “Matheus Elefante”, executado com pelo menos 30 tiros de 9 milímetros na noite de ontem (26), também tinha identidade brasileira, com nome de Luiz Matheus Maldonado. Com esse nome, ele também mantinha outros perfis em redes sociais.

Matheus morava atualmente em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande) e onde foi morto quando comemorava o aniversário de 22 anos da namorada, Anabel Centurión Mancuello, também morta pelos tiros. Dois amigos do casal, de 16 e 21 anos, foram atingidos nas pernas e estão internados.

Antes de se instalar na cidade, Matheus atuava na linha internacional formada pelas também cidades-gêmeas Capitán Bado (Paraguai) e Coronel Sapucaia (MS). Naquela região, o rapaz ficou conhecido por “tocar o terror”, praticando assaltos na companhia de outros integrantes da quadrilha.

Fontes ouvidas pelo Campo Grande News relataram que há pelo menos dois anos ele estava “jurado de morte pelos roubos e furtos que praticava na fronteira dos dois países, até mesmo com atos de violência física contra as vítimas.

No Paraguai, segundo a Polícia Nacional, existiam duas ordens de prisão de Matheus Elefante por assaltos à mão armada ocorridos em 2018 e 2019.

No chão, perto do corpo do rapaz, foi deixado papel com mensagem "Favor não roubar. Ass: Justiceiros da Fronteira", escrita em espanhol. O recado é usado por grupos de extermínio da fronteira para identificar pessoas condenadas à morte por assaltos.

Pelo menos 47 cartuchos deflagrados de calibre 9 milímetros foram recolhidos no local do crime, a varanda do bar La Choperia, em frente à Laguna Punta Porã, principal cartão postal de Pedro Juan Caballero.

No dia 17 deste mês, em postagem no Facebook, suposto integrante do grupo de extermínio ameaçou cortar as mãos de Matheus por causa dos roubos de celulares praticados por ele.

De dois a três pistoleiros em um carro escuro participaram do ataque. Apesar de Anabel e os outros dois amigos do casal terem sido atingidos pelos tiros, a polícia não tem dúvidas de que o alvo era Matheus. Crivado de balas, ele morreu na hora.

Comparsas presos – Outro fato que chama a atenção foi a prisão de três supostos integrantes da quadrilha de Matheus, um dia antes da execução. Eles são suspeitos de assalto a um restaurante, no dia 21 deste mês.

Ronaldo José Martinez Ramoa, 24, Lucas de Los Santos Riveros Portillo, 19, e Diego Alexander Gonzalez Nuñez, 23, foram localizados por investigadores da Polícia Nacional no centro de Pedro Juan Caballero por volta de 16h de domingo. Eles estavam em um Jeep Renegade prata com placa brasileira. Segundo a ocorrência da polícia paraguaia, o veículo é semelhante ao usado no assalto.

Movimentação na choperia onde quatro foram feridos a tiros; casal morreu (Foto: ABC Color)
Movimentação na choperia onde quatro foram feridos a tiros; casal morreu (Foto: ABC Color)


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