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Interior

Fiscais que gravaram ameaça à população vão apresentar defesa na segunda-feira

Fiscais de Cassilândia gravaram vídeo de ameaça "de cacete" a moradores que não seguirem restrições

Silvia Frias | 09/04/2020 16:11
Luciney e Chiquinho no vídeo de ameaça em quem não obedecer restrições (Foto/Reprodução)
Luciney e Chiquinho no vídeo de ameaça em quem não obedecer restrições (Foto/Reprodução)

A Secretaria de Saúde de Cassilândia deu prazo até segunda-feira (13) para que os fiscais da Vigilância Sanitária Luciney Corrêa da Silva e Francisco Uildo da Silva apresentem, oficialmente, a defesa sobre o vídeo em que um deles diz vai “descer o cacete” em que não seguir as restrições sanitárias impostas por conta do novo coronavírus.

O secretário José Loureço disse que conversou com os dois esta manhã, informalmente, e deu prazo para a defesa formal até segunda-feira, quando também irá definir se cabe algum tipo de punição. Preliminarmente, disseram estar constrangidos com a repercussão do vídeo, que teria sido feito em momento de descontração entre colegas. A servidora que filmou Lucineu e Francisco também será ouvida.

“Eles são servidores exemplares, aqui na cidade todo mundo conhece o Chiquinho, ninguém levou isso como incitação à violência”, disse o secretário. Ele diz que segunda-feira irá consultar o setor jurídico da prefeitura, depois de receber as respectivas defesas, para averiguar se cabe algum tipo de punição. Francisco é servidor há cerca de 20 anos e, Luciney, 10 anos.

Lourenço diz que a cidade vive momento tenso e entendeu que a gravação era para descontrair, mas “tomou rumo que eles não esperavam”.

Cassilândia não tem caso confirmado ou óbito pela doença. Segundo o secretário, 18 pacientes estão sendo monitorados por terem sintomas gripais, mas nenhum quadro severo que indique ser novo coronavírus.

O vídeo - Na gravação Luciney e Francisco aparecem próximos a uma mesa, onde se vê um vidro de álcool gel. Ela segura um cabo de vassoura enquanto ele fala.

 Introduzido por som de sirene, cita a preocupação com a saúde pública, comenta estar “trabalhando dia e noite” e depois vem a ameaça, “se o povo não ajudar”.

 “Eu tenho pessoas do meu lado, que é da minha inteira confiança, se eu ver (sic) que não vai ter respaldo, vai descer o cacete”, declara.

 “Vamos trabalhando, lavando as ruas, desinfetando as ruas públicas e estabelecimentos para que isso não aconteça, uma proliferação grande em nosso município”, encerra.


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