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Frigorífico é multado em R$ 50 mil por jogar sangue em córrego

Problemas no sistema de captação e tratamento de efluentes causou poluição

Danielle Valentim | 14/12/2018 10:35
Líquido escoava em uma caixa de captação e depois era escoado em dois canos de PVC, sendo lançados diretamente às margens do córrego. (Foto: Divulgação/PMA)
Líquido escoava em uma caixa de captação e depois era escoado em dois canos de PVC, sendo lançados diretamente às margens do córrego. (Foto: Divulgação/PMA)

Um frigorífico de Cassilândia foi autuado e multado em R$ 50 mil, nesta quinta-feira (13), após denúncias de que a empresa estaria despejando sangue e restos de animais, inadequadamente, córrego Ritinha, afluente do Rio Aporé. A PMA fez a vistoria nas instalações da empresa e constatou que o sistema de cuidados e de tratamento de efluentes não estava funcionando.

Os policiais verificaram que os dejetos (sangue, miúdos e detritos dos animais) produzidos em excesso caíam dos tanques e escorriam a céu aberto, contaminando o solo, e o material sólido era ensacado em sacas plásticas.

O líquido escoava em uma caixa de captação e depois era escoado em dois canos de PVC, sendo lançados diretamente às margens do córrego e consequentemente às águas do córrego Ritinha, afluente do Rio Aporé, sem nenhum tipo de tratamento, havendo contaminação do solo e águas do referido Córrego.

Os funcionários afirmaram que não sabiam que o problema estava acontecendo. As atividades foram paralisadas até a regularização do tratamento dos efluentes. A empresa foi notificada a remover todo o material contaminante em 48 horas. Foi notificada também a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada (PRADA), bem como o projeto de tratamento de efluentes e os relatórios de monitoramento da água do córrego Ritinha, bem como possíveis danos a flora e fauna, junto ao órgão ambiental.

O frigorífico foi autuado administrativamente e multado em R$ 50.000,00, conforme previsão do Decreto Federal 6.514/2008. A PMA manterá o monitoramento do tratamento de efluentes, para verificar se realmente houve negligência da empresa, ou se o sistema está saturado e não consegue mais dar tratamento à quantidade de efluentes.

Policiais verificaram que os dejetos (sangue, miúdos e detritos dos animais) produzidos em excesso caíam dos tanques e escorriam a céu aberto. (Foto: PMA)
Policiais verificaram que os dejetos (sangue, miúdos e detritos dos animais) produzidos em excesso caíam dos tanques e escorriam a céu aberto. (Foto: PMA)
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