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Interior

Funcionários demitidos da usina Quebra-Coco prometem manifestação

Elverson Cardozo | 16/02/2012 22:19

Reivindicação é por pagamento de salários e valores referentes à rescisão de aproximadamente 300 funcionários

Cerca de 80 pessoas, ex-funcionários da usina Quebra-Coco, instalada na zona rural de Sidrolândia, pretendem realizar uma manifestação na manhã desta sexta-feira (17). O motivo é a falta de pagamento de salários e acertos referente à demissão de aproximadamente 300 trabalhadores.

Depois de várias tentativas sem sucesso junto à diretoria da usina, um dos organizadores, que prefere não ser identificado, afirmou que o grupo pretende “invadir” a empresa.

“Tem gente que está passando fome”, disse, acrescentando que a situação é recorrente e que a resposta que obteve da direção foi a de que o pagamento será efetuado “assim que possível”.

A situação também atinge colaboradores que não foram demitidos. “Tem gente que está sem receber há dois meses”, contou. Sobre a manifestação, o ex-funcionário relatou que não pode confirmar o que vai acontecer. “Amanhã eu não me responsabilizo por nada”, se limitou a dizer.

Processo – O advogado trabalhista Robson Leiria Martins, que atua em Sidrolândia, pegou a causa de vários trabalhadores da usina, desde a demissão em massa de aproximadamente 300 funcionários no início deste mês.

Robson relatou que a direção da empresa informou aos funcionários que o pagamento seria realizado amanhã, mas os colaborados souberam, antecipadamente, que a informação não era verdadeira, por esse motivo estão revoltados.

“A CLT, no artigo 77, afirma que, quando você demite um funcionário você tem 10 dias para pagar as verbas rescisórias. Tem funcionário que tem mais tempo e ainda não recebeu”, afirmou.

O advogado afirmou ainda que a usina Quebra-Coco é uma das campeãs em denúncias trabalhistas junto ao MPT (Ministério Público do Trabalho).

“O salário do trabalhador tem efeito de alimento. E o alimento não pode faltar. Tem que ser pago todo mês”, disse, se referindo a lei.

Problema antigo – Em 2008, cerca de 300 funcionários entraram em greve. Eles alegavam que não haviam recebido o pagamento referente a dezembro de 2007 e as férias coletivas.

Já em 2009, o MPT precisou intermediar negociação de salários atrasados. Os trabalhadores reivindicavam o pagamento da 2ª parcela do 13º terceiro salário, além de valores referente a férias e rescisões contratuais de trabalhadores demitidos. Não ocasião, não houve acordo.

O Campo Grande News procurou a direção da usina Quebra-Coco, em Sidrolândia, e no escritório de apoio, localizado em São Paulo (SP), mas não conseguiu contato.

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