ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Grupo de elite detona granada encontrada dentro de pavilhão de rivais do PCC

Granada de uso militar, pelo menos 100 munições e duas pistolas foram encontradas ontem, na PED

Helio de Freitas, de Dourados | 02/09/2021 09:29
Agentes do Comando de Operações Penitenciárias durante pente-fino, ontem. (Foto: Direto das Ruas)
Agentes do Comando de Operações Penitenciárias durante pente-fino, ontem. (Foto: Direto das Ruas)

O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul está na Penitenciária Estadual de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. Mais superlotado presídio de MS, a PED, tem pelo menos 2.700 presos.

Ontem (1º), uma granada de uso militar, duas pistolas semiautomáticas e pelo menos 100 munições foram encontradas em celas do pavilhão III, onde ficam presos da chamada “oposição” ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

A reportagem apurou com fontes dentro da PED e do Bope, que os policias do batalhão, especialistas em explosivos, chegaram no início da manhã e detonaram a granada no pátio do presídio.

O oficial responsável pelo setor de relações públicas do Bope disse que ainda não tem informações sobre a presença do grupo de elite na penitenciária. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) também foi procurada, mas ainda não se manifestou.

Barril de pólvora – Na noite de ontem, o Campo Grande News mostrou com exclusividade que a facção criminosa de oposição ao PCC está se armando para enfrentar a quadrilha inimiga em possíveis confrontos dentro dos presídios de Mato Grosso do Sul.

A guerra já existe nas ruas. Em Dourados, nos últimos dois anos pelo menos dez pessoas foram executadas em confrontos entre oposicionistas e faccionados do PCC.

Ontem, duas pistolas – uma 9 milímetros e uma calibre 40 –, a granada detonada hoje e as munições, foram encontradas durante a vistoria feita com ajuda de agentes do Cope (Comando de Operações Penitenciárias). O armamento estava em celas do raio III, onde ficam os presos de oposição ao PCC.

A Agepen confirmou o pente-fino, mas não se manifestou sobre a granada e as armas. A reportagem também apurou ontem, que a vistoria ocorreu quatro dias após um preso do raio III ser baleado no pé por companheiro de cela. A Agepen confirma o preso ferido, mas alega que a causa do ferimento ainda está sendo apurada.

Nos siga no Google Notícias