ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, QUARTA  10    CAMPO GRANDE 35º

Interior

Juiz decreta prisão de irmãos que espancaram homem até a morte em parque

Um dos autores, namorado da vítima, culpou os outros dois; adolescente aponta participação de todos

Por Helio de Freitas, de Dourados | 10/09/2025 10:27
Juiz decreta prisão de irmãos que espancaram homem até a morte em parque
Irmãos que espancaram homem até a morte quando eram levados para carceragem (Foto: Leandro Holsbach)

O juiz Ricardo da Mata Reis decretou a prisão preventiva dos irmãos Ernande Arévalo, 41, e Itamar Arévalo, 37, acusados de assassinar Edivando Vilhalva, 38, espancado com golpes de pedaços de tijolo, de telha e de azulejo, na madrugada de sábado (6), em Dourados, a 251 km de Campo Grande.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Dois irmãos tiveram prisão preventiva decretada após espancamento fatal em Dourados (MS). Ernande e Itamar Arévalo são acusados de assassinar Edivando Vilhalva com pedaços de tijolo, telha e azulejo. O crime ocorreu num terreno baldio, e a motivação seria o desejo de Ernande em terminar o relacionamento com a vítima, que se recusava. O juiz Ricardo da Mata Reis decretou a prisão preventiva considerando a gravidade do crime e a periculosidade dos acusados, ambos com antecedentes criminais. Ernande cumpre pena em regime aberto por homicídio e Itamar possui passagens por roubo, corrupção de menores e violência doméstica. Um sobrinho de 17 anos, filho de Itamar, também participou do crime e está detido.

O crime ocorreu num terreno baldio nos fundos do Parque Antenor Martins, na região oeste da cidade. Segundo a Polícia Civil, Edivando e Ernande eram namorados, mas o autor do crime queria colocar fim ao caso.

Como o parceiro se negava a terminar o relacionamento, Ernande teria iniciado as agressões, contando com a ajuda do irmão e do sobrinho de 17 anos, filho de Itamar. Todos os envolvidos são indígenas.

Durante audiência de custódia nesta terça-feira (9), o magistrado não homologou o flagrante pelo fato de os acusados terem sido detidos dois dias após o crime, mas decretou a prisão preventiva considerando “a extrema gravidade concreta da conduta e a elevada periculosidade social dos autuados”.

Ricardo da Mata Reis citou que o homicídio qualificado por motivo fútil foi perpetrado “com violência exacerbada, em contexto de brutal espancamento da vítima, resultando em sua morte em via pública, circunstância que gera acentuado abalo ao meio social e evidencia o desprezo dos agentes pela vida humana”.

Para tomar a decisão, o juiz também se baseou nos antecedentes criminais dos acusados. Ernande Arévalo cumpre pena em regime aberto por homicídio e Itamar tem passagens por roubo, corrupção de menores e violência doméstica.

Em depoimento à Polícia Civil, Ernande negou participação no assassinato. Ele admitiu manter relacionamento com a vítima por dois meses e acusou o irmão e o sobrinho pelo espancamento que resultou na morte de Edivando.

Já Itamar Arévalo acusou o próprio filho pelo crime. Por sua vez, o adolescente disse que ele, o pai e o tio participaram da sessão de espancamento. O jovem segue detido. A situação dele será definida pelo Juizado da Infância e Juventude, pois o juiz Ricardo da Mata Reis declarou não ser competente para deliberar acerca da apreensão.

Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.