Juiz manda traficante da fronteira para presídio de segurança máxima
Alexandre Rodrigues Gomes é filho do deputado Lalo, morto pela polícia paraguaia em 2024

A Justiça do Paraguai determinou nesta quinta-feira (9) a transferência do traficante Alexandre Rodrigues Gomes para a Penitenciária de Segurança Máxima de Emboscada.
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Filho do deputado paraguaio Eulalio Gomes, o Lalo, Alexandre foi preso em agosto de 2024, no mesmo dia em que pai foi morto por policiais em sua casa, em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).
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Apontado como integrante do crime organizado na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, Alexandre está recolhido atualmente na Penitenciária Regional de Encarnación, cidade localizada na fronteira com a Argentina.
Segundo o Ministério Público do Paraguai, Alexandre e Lalo Gomes seriam integrantes de organizações criminosas formadas por grandes traficantes fronteiriços, entre eles Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como “Barão da Droga”, e atualmente custodiado na Penitenciária Federal de Brasília (DF).
A decisão do juiz Osmar Legal de mandar Alexandre Gomes para o regime de segurança máxima ocorre após a divulgação de mensagens entre ele e um pistoleiro da fronteira, Anderson Ríos Vilhalva, o “Pepe”.
Na conversa, o traficante teria manifestado intenção de assassinar o promotor de Justiça Marcelo Pecci, executado por pistoleiros numa praia da Colômbia em maio de 2021. Quando foi morto, Pecci liderava a luta contra o crime organizado no Paraguai.
Os diálogos entre Alexandre Rodrigues Gomes e “Pepe” foram extraídos do sistema Sky ECC pela Europol (Agência da União Europeia para a Cooperação Policial) e enviados ao Ministério Público do Paraguai.
O Sky ECC era um sistema de comunicação com mensagens criptografadas desenvolvido e operado pela empresa canadense Sky Global. Foi desativado no início de 2021 após operações policiais em vários países.
Cópias das conversas criptografadas foram juntadas pelo Ministério Público às investigações contra Alexandre Rodrigues Gomes no âmbito da Operação Pavo Real II por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Com a revelação desse fato novo, ele passa a ser suspeito também de ligação com o assassinato de Marcelo Pecci. Os executores do crime foram presos e condenados na Colômbia, mas os mandantes são desconhecidos até agora.
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