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Interior

MP paraguaio faz buscas em cartório investigado por ligação com traficantes

Alvo é a tabeliã Wilma Gomes, que operava a serviço de Alexandre Rodrigues Gomes, filho de deputado morto

Por Helio de Freitas, de Dourados | 09/07/2025 14:29
MP paraguaio faz buscas em cartório investigado por ligação com traficantes
Policiais em frente a cartório em Pedro Juan Caballero durante buscas nesta quarta (Foto: ABC Color)

Cartório de registro público foi alvo de buscas nesta quarta-feira (9) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã (MS). A ação liderada pelo Ministério Público do país vizinho ocorreu no âmbito da Operação Pavo Real II e mira a tabeliã Wilma Gómez, investigada por ligação com o narcotráfico.

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Ministério Público do Paraguai realiza buscas em cartório suspeito de ligação com narcotráfico. A ação, parte da Operação Pavo Real II, investiga a tabeliã Wilma Gómez por suposto envolvimento em lavagem de dinheiro. A suspeita é de que ela realizava transações imobiliárias a mando de Alexandre Rodrigues Gomes, filho do deputado Eulalio Gomes, morto em 2024. As buscas apreenderam documentos como comprovantes de transferências e contratos de compra e venda. A investigação busca rastrear a origem do patrimônio, que pode ser confiscado se comprovada a ilicitude. A operação, iniciada em 2019 no Brasil e continuada em 2023 no Paraguai, mira a rede de Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como "Barão da Droga".

De acordo com o promotor de combate ao crime organizado Andrés Arriola, a tabeliã é suspeita de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro através de transações de imóveis sob ordens de Alexandre Rodrigues Gomes, filho do deputado Eulalio Gomes, o Lalo, morto pela polícia paraguaia em agosto de 2024. Alexandre está preso.

Deflagrada pela primeira vez pela Polícia Federal em 2019 em território brasileiro e depois, em 2023, no Paraguai, a Operação Pavo Real investiga a rede de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro chefiada pelo narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, conhecido como “Barão da Droga”, atualmente recolhido no sistema penitenciário federal do Brasil.

Conforme o promotor Andrés Arriola, há registros de inúmeras transações de imóveis envolvendo o cartório chefiado pela tabeliã Wilma Gómez. Ele explicou que embora a ação penal tenha sido extinta em relação a Lalo Gomes após sua morte, a origem do patrimônio continua sendo alvo de investigação. “Se ficar comprovada origem ilícita, os bens serão confiscados”, afirmou.

Durante as buscas foram apreendidos comprovantes de transferência de imóveis, contratos de compra e venda e outros arquivos que serão analisados por peritos da Fiscalía (como é chamado o Ministério Público no Paraguai).

Alexandre Rodrigues Gomes foi preso em 19 de agosto do ano passado no âmbito da mesma operação que culminou com a morte de Lalo Gomes, em Pedro Juan Caballero. A Polícia Nacional do Paraguai afirma que o deputado do Partido Colorado recebeu os policiais a tiros em sua casa. A família de Lalo diz que ele foi executado.

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