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Interior

Justiça mantém preso idoso acusado de estuprar enteada de 6 anos e amigas dela

Casos vieram à tona no ano passado, depois que uma das crianças contou tudo à mãe

Anahi Zurutuza | 15/06/2021 12:49
Justiça mantém preso idoso acusado de estuprar enteada de 6 anos e amigas dela
Crimes aconteciam em casa na região central de Naviraí (Foto: UFMS/Divulgação)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiu manter preso idoso, de 61 anos, acusado de abusas de 7 crianças, dentre elas a enteada de 6 anos. Para o desembargador José Ale Ahmad Netto, a prisão preventiva (por tempo indeterminado) é necessária para a garantia da ordem pública e trâmite do processo.

O caso veio à tona no ano passado quando uma das meninas, amiga da enteada do acusado, revelou tudo à mãe. Ela contou que, em certa ocasião, quando o idoso foi colocar ela e a coleguinha para dormir mandou que as duas tirassem a roupa e se deitassem de lado. Passou então, a esfregar o pênis no bumbum e ânus das duas.

Contou que numa outra oportunidade, quando as duas brincavam no escritório do homem, em Naviraí, ela viu a amiguinha “beijando o piu-piu” do padrasto.

A garotinha narrou ainda que o idoso já havia lhe mostrado uma foto em que uma “menina” estaria praticando sexo oral em um homem e dito: “as crianças gostam de fazer isso. Vocês não gostam?”.

Uma terceira vítima, de 8 anos, foi descoberta. Ela relatou que o acusado sempre lhe mostrava vídeo e fotos de “meninas e meninos pelados” e dizia que “queria fazer denguinho na bunda” dela e da enteada. Essa menina contou ainda que o homem mandava que ela tirasse a roupa e esfregava o pênis nas duas “quase todo dia”. Disse ainda que “às vezes, ele fazia com força e doía”.

Depois destes relatos feitos à polícia, mais quatro meninas, de 6 a 11 anos, contaram que viveram situações parecidas.

“Destaca-se que o réu tinha como modus operandi aproveitar-se do fato de as vítimas serem amigas da sua enteada e convencia os genitores delas a permitirem que as meninas frequentassem ou passassem alguns dias a residência dele e de sua família. O réu aproveitava-se dos momentos em que se via sozinho com suas vítimas para perpetrar os abusos, iniciando com demonstração de vídeos e imagens pornográficas, posteriormente, evoluindo para exposição do órgão genital e, finalmente, abusos físicos, constrangendo as crianças à satisfazerem sua lascívia através de masturbação, sexo oral e, até, coito anal”, diz a acusação em processo que tramita em sigilo com o idoso, preso desde julho do ano passado.

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