Laudo revela lesões antigas em bebê levado morto para hospital
Presa em flagrante, a mãe passará por audiência de custódia nesta sexta-feira, para definir se ficará detida
A bebê de sete meses que chegou morta à Santa Casa de Bataguassu, distante 313 quilômetros de Campo Grande, na manhã de ontem (23), tinha lesões antigas no corpo, apontou exame necroscópico.
RESUMO
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Uma bebê de sete meses foi encontrada morta em Bataguassu, MS, apresentando lesões antigas e sinais de asfixia e trauma craniano. A mãe, de 21 anos, foi presa em flagrante por maus-tratos seguidos de morte após exame necroscópico revelar diversas lesões no corpo da criança, incluindo queimaduras de cigarro e assaduras graves. A mãe admitiu ter consumido álcool na noite anterior e dormido com a bebê, que teria ficado presa entre o colchão e a parede. A justiça decidirá se ela permanecerá presa durante as investigações.
A mãe, jovem de 21 anos, que tem mais dois filhos, foi presa em flagrante pelo crime de maus-tratos seguido de morte. Ela passará por audiência de custódia na Justiça nesta sexta-feira (24), para definir se ficará presa esperando o andamento do inquérito e posterior processo ou se poderá responder em liberdade.
Conforme a Polícia Civil, em diligências, a equipe policial apurou que a mãe da bebê faz uso excessivo de álcool e, na noite anterior aos fatos, havia consumido uma caixa de cerveja na companhia de sua mãe e padrasto.
Após exame de necropsia, foi constatado inúmeras lesões no corpo da vítima com cicatrizes antigas em região abdominal, virilha e joelhos. Além disso, a causa da morte pode ter sido por asfixia e cranioencefálico, seguido de hemorragia na cabeça.
Indagada sobre as lesões, a mãe não soube informar a causa e alegou que foi dormir com a filha e quando acordou, às 7h, a criança já estava sem sinais de vida. Em perícia no local, a Polícia Civil constatou a situação de precariedade em que a bebê estava inserida, devido às lesões existentes no corpo.
Conforme a delegada Izabela Borin Favoreto, da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), a menina já chegou ao hospital sem sinais vitais, apresentando rigidez cadavérica, extremidades arroxeadas, inchaço na cabeça e sangramento no ouvido.
Em depoimento, a mãe relatou que havia ingerido bebida alcoólica na noite anterior e dormiu com a bebê em um colchão no chão. Durante a madrugada, a criança teria ficado presa em um vão entre o colchão e a parede. Ao acordar, percebeu que a filha não respondia e a levou até a Santa Casa.
Além de sinais de sufocação, o laudo apontou ainda diversas lesões no corpo da criança, como queimaduras compatíveis de cigarro, uma lesão traumática no crânio e assaduras graves no pescoço. Também foi constatada a presença de fungos na região anal, indicando falta de higiene.
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