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Interior

Menino morto por espancamento é enterrado sob clima de revolta

Liana Feitosa | 01/10/2014 19:53
Sepultamento ocorreu no início da tarde de hoje (1). (Foto: Sidney Assis)
Sepultamento ocorreu no início da tarde de hoje (1). (Foto: Sidney Assis)

O menino de 2 anos e 5 meses, morto por espancamento em Rio Verde de Mato Grosso, município a 207 km de Campo Grande, foi enterrado na tarde de hoje (1) no cemitério municipal da cidade. Segundo o jornal Edição de Notícias, a despedida foi marcada por grande movimentação e pelo comportamento da mãe da vítima, uma jovem de 20 anos.

Ela chegou no local, acompanhada do Conselho Tutelar, cerca de 40 minutos depois de iniciado o velório. Ainda de acordo com o jornal, o clima era de revolta e alguns demonstravam vontade de fazer justiça com as próprias mãos.

No cemitério a mãe se aproximou do caixão, que foi rapidamente aberto, e se abaixou. Em seguida, o caixão foi fechado e ela saiu em direção ao carro do conselho e deixou o cemitério. A avó materna do menino foi quem acompanhou o enterro.

Ontem (30) mesmo, dia em que o crime ocorreu, o padrasto da criança foi preso no hospital municipal enquanto médicos tentavam salvar o menino. O homem, de 21 anos, é acusado de ter batido na criança até à morte. Ele está preso em Rio Verde, mas as informações são de que será transferido para Campo Grande.

Acusado - Nesse momento, o padrasto contou aos policiais que a criança tinha caído no banheiro, mas mudou a versão durante depoimento na delegacia. A equipe médica que atendeu a vítima desconfiou da situação devido a hematomas no corpo do menino, e acionou o Conselho Tutelar, a Polícia Civil e Militar.

Segundo o jornal, o depoimento do acusado não convenceu a polícia, até porque a mãe confessou que o marido agredia seus filhos. Ela ainda disse que era ameaçada para não denunciar as agressões.

De acordo com a avó da vítima, há 12 dias a filha dela deixou Rondonópolis, interior do Mato Grosso, para morar com o acusado no interior de Mato Grosso do Sul. A avó do menino pretende levar a filha e as duas netas, uma de 2 meses e outra de 5 anos, de volta para o Mato Grosso.

Padrasto foi preso ainda no Hospital Municipal. (Foto: Sidney Assis)
Padrasto foi preso ainda no Hospital Municipal. (Foto: Sidney Assis)

Caso - O crime aconteceu no Jardim Vaticano, em Rio Verde, enquanto a mãe levava a filha de 2 meses - fruto de seu relacionamento com o acusado - para ser vacinada em uma unidade de saúde

De acordo com o Edição de Notícias, a mãe perguntou do filho ao marido e ele disse que a criança havia almoçado e, em seguida, ido dormir. A mãe, então, viu o menino dormindo no berço e foi lavar roupa. Como o padrasto cobriu a criança, não foi possível notar hematomas.

À polícia a mãe disse que achou estranho o filho dormir por tanto tempo e, por volta das 17h, tentou acordá-lo, mas ele não reagiu. Pediu, então, ajuda para vizinhas e levou o menino ao hospital, mas ele não resistiu.

Segundo as vizinhas, ao saber da morte do filho no hospital, a mãe da criança entrou em desespero e saiu correndo sem rumo, deixando a filha caçula nos braços de uma delas.

O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Coxim, onde a necropsia constatou traumatismo craniano encefálico, de acordo com o delegado Eder Oliveira Moraes, que cuida do caso. Além disso, exames iniciais apontaram que a criança tinha fratura antiga em um dos braços, assim como outras marcas pelo corpo. Há, também, suspeita de que o padrasto tenha praticado estupro de vulnerável contra a enteada, de apenas 5 anos.

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