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Interior

Metade da população da fronteira não tomou o reforço da Janssen

Ponta Porã e Pedro Juan iniciaram hoje ação conjunta para ampliar vacinação na linha internacional

Helio de Freitas, de Dourados, e Guilherme Correia | 19/01/2022 10:59
Secretário de Saúde acompanha vacinação em ação conjunta contra a covid na fronteira. (Foto: Divulgação)
Secretário de Saúde acompanha vacinação em ação conjunta contra a covid na fronteira. (Foto: Divulgação)

Pelo menos metade da população dos municípios localizados na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia não procurou a dose de reforço da vacina Janssen contra a covid-19. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (19) pelo secretário estadual de Saúde Geraldo Resende, em Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande).

No ano passado, as cidades fronteiriças receberam vacinação em massa em projeto-piloto do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul.

Na época, acreditava-se que a dose única da Janssen fosse suficiente para garantir proteção contra a doença, mas ainda em 2021, pesquisas mostraram que seria necessário reforço da imunização, assim como ocorre como os imunizantes de outros laboratórios.

“Precisamos saber o motivo para essas pessoas terem se negado a procurar a vacina, que salva vidas”, disse Geraldo Resende, ao participar do lançamento da ação conjunta das prefeituras de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (Paraguai) para ampliar a testagem e vacinação dos moradores dos dois lados da fronteira.

De hoje até sexta-feira (21), duas carretas ficarão instaladas na linha internacional, na antiga Praça Lício Borralho, para atendimento das 8h às 17h. Em uma delas, estão disponibilizados testes para pessoas com sintomas ou que tiveram contatos com casos positivos de covid-19. A outra carreta é para vacinação contra a doença.

Segundo Geraldo Resende, o serviço ajuda a ampliar a aplicação das doses de reforço e a imunização de crianças de 5 a 11 anos, iniciada nesta semana. “Estamos enfrentando uma leva de negacionistas, pessoas que não têm compromisso nenhum com a ciência e quem não tem compromisso com a ciência são criminosos”, afirmou ele.

A ação “Brasil e Paraguai juntos pela saúde da população” une os dois países no combate à influenza H3N2 e à covid-19. A iniciativa foi do prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo (PSDB) e aceita pelo diretor da 13ª Região Sanitária do Ministério de Saúde Pública e Bem Estar Social do Paraguai, Saul Recalde.

Conforme a Secretaria de Saúde de Ponta Porã, as vacinas disponíveis no local são a 1ª dose para adolescentes de 12 anos acima, 2ª dose da Pfizer e Coronavac para quem tomou a 1ª dose até o dia 28 de dezembro e 3ª dose para as pessoas que tomaram duas doses até 21 de setembro.

Também estão disponíveis doses de reforço da Janssen para pessoas acima de 18 anos. É preciso apresentar comprovante das doses anteriores, RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência.

Carretas instaladas na linha internacional para testes e vacinas contra covid. (Foto: Divulgação)
Carretas instaladas na linha internacional para testes e vacinas contra covid. (Foto: Divulgação)

Quase 60% sem reforço – Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, consultados nesta manhã, 99,6 mil habitantes dos 13 municípios da fronteira sul-mato-grossense receberam a primeira dose, mas apenas 40,2 mil completaram o esquema vacinal. Ou seja, aproximadamente 59,7% não buscaram a dose de reforço.

As cidades contempladas inicialmente pelo estudo imunológico da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) foram: Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas.

Segundo a secretária-adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone, há vacinas em estoque para aumentar a imunização de quem recebeu este imunizante. Dados da Saúde indicam cerca de 60 mil fármacos enviados para serem aplicados como reforço nestes municípios.

"Estão disponíveis e inicialmente, quando foram disponibilizadas, a ciência apresentava uma única dose. Agora, é necessária a segunda dose da Janssen. Precisamos que você vá até a unidade de saúde e tome nos municípios de fronteira”, pediu ela.

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