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Ocupação em UTIs mais que dobra em MS, mas Saúde garante novos leitos

Índice foi de aproximadamente 24,79% em dezembro, para 65,38% em janeiro, em unidades dedicadas à SRAG

Guilherme Correia e Mirian Machado | 18/01/2022 11:20
Leitos de terapia intensiva no Hospital Regional de MS. (Foto: Divulgação)
Leitos de terapia intensiva no Hospital Regional de MS. (Foto: Divulgação)

Mato Grosso do Sul registrou aumento de mais que seis vezes na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva dedicados ao tratamento de síndromes respiratórias, conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), consultados nesta manhã (18) pela reportagem.

O Campo Grande News analisou que havia 75,32% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados na segunda-feira, dia 17, sendo que entre as unidades exclusivas para o tratamento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), o índice era de aproximadamente 65,38% de ocupação.

Há um mês, em 17 de dezembro de 2021, tais indicadores eram de 74,25% de UTIs gerais ocupadas, mas 24,79% das estruturas dedicadas ao tratamento de SRAG - ou seja, houve um aumento de aproximadamente 156%. Em novembro, o índice foi de 70,36% ocupação geral e 22,73% de ocupação nos leitos de covid.24,79%

Vale ressaltar que os números atuais podem apresentar cenário distinto da realidade, já que os dados envolvendo a pandemia da covid-19 e até mesmo da epidemia de influenza, tiveram uma série de problemas devido a um ataque hacker nos sistemas do Ministério da Saúde.

Durante vários dias, os registros do Painel Mais Saúde - fonte na qual a reportagem se baseou - estiveram desatualizados, mas nesta manhã, voltaram a apresentar informações desde meados de dezembro do ano passado.

Vale ressaltar que naquele período, havia 536 leitos de UTI geral, sendo 117 dedicados à covid e tratamentos respiratórios, em todo o Estado, conforme o monitor. Já na segunda, havia 474 UTIs e 104 destinadas à SRAG. Portanto, menos estruturas hospitalares estão mapeadas, o que pode indicar redução na oferta de leitos - esta que é manipulada conforme a demanda de pacientes.

Por exemplo, em meados de junho, Mato Grosso do Sul chegou a ter mais de 800 leitos de terapia intensiva espalhados pelos municípios - hoje, há cerca de metade destes ativados, já que são necessários insumos e mão de obra para que se mantenham.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, o SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado tem sido ampliado, com abertura de novos leitos em várias cidades, seja com fundo estadual, mas também por iniciativa de prefeituras.

Ele destaca que Campo Grande ampliou UTIs no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, mas que o governo estadual deve reestruturar unidades. "Estamos trabalhando para abrir leitos, estamos abrindo em Ponta Porã e Amambai amanhã. Também já abrimos 10 leitos em Dourados, no Hospital Evangélico, e 10 leitos no Hospital Regional."

Espero que a gente possa, de fato, ao longo desse novo cenário que está se desenhando, que a gente não tenha nenhum sul-mato-grossense sem ter acesso a leito de UTI ou clínico."

Por fim, Resende também ressalta que estruturas como os hospitais de campanha não deverão ser montadas, por terem se apresentado ineficazes e custosas. "Aqueles estruturas feitas em hospital de campanha, enfim, já se mostraram ultrapassadas e foram para um cenário que não se concretizou. Além de ser altamente custoso, não cumprem papel para doença hoje."

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