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Interior

Ministro vê PCC debilitado no Paraguai, mas teme guerra com outras facções

Chefe da Senad afirmou que facção brasileira ficou enfraquecida após prisões, mas quadrilha pode se instalar de vez no Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 29/10/2019 08:55
Levi Adriani Felício, um dos principais fornecedores do PCC, no momento em que era expulso do Paraguai, no dia 15 (Foto: Senad)
Levi Adriani Felício, um dos principais fornecedores do PCC, no momento em que era expulso do Paraguai, no dia 15 (Foto: Senad)

A prisão dos principais chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai enfraqueceu a facção criminosa brasileira naquele país, afirma o ministro-chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) Arnaldo Giuzzio. O mais recente baque na estrutura mantida pela quadrilha nascida nos presídios paulistas foi a prisão de Levi Adriani Felício, 52, no dia 14 deste mês.

Levi foi apontado como o maior fornecedor de drogas e armas para o PCC, mas que também fazia negócios com o Comando Vermelho, facção carioca em guerra com a quadrilha paulista.

Em entrevista nesta terça-feira (29) à rádio Monumental 1080 AM, Arnaldo Giuzzio disse que a maioria dos chefes do PCC no Paraguai foi presa ou morreu em confrontos dentro dos presídios.

Entretanto, o ministro admite que o Paraguai ainda é visto como “paraíso” para as quadrilhas brasileiras e disse que se o PCC se estabelecer de vez no país vizinho vai “gerar uma guerra aberta” com grupos criminosos locais. “Mas esse não será o momento, porque as circunstâncias não os favorecem”.

Ontem (28), o Ministério Público do Paraguai com apoio da Senad prendeu 21 oficiais, suboficiais e agentes da Polícia Nacional do Paraguai acusados de receber dinheiro para proteger Levi Felício.

A maioria dos policiais atuava em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. Embora tenha sido preso na capital Asunción, Levi tinha como base a Linha Internacional entre Amambay e Mato Grosso do Sul.

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