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Interior

Mobilização vacina 1.215 pantaneiros de áreas de difícil acesso em dois dias

Força-tarefa realizada ontem e hoje usou aeronaves de produtores rurais para transportar equipes de saúde

Lucia Morel | 07/07/2021 16:27
Equipe de saúde chegando em fazenda na região do Paiaguás para aplicação de vacina. (Foto: Sindicato Rural)
Equipe de saúde chegando em fazenda na região do Paiaguás para aplicação de vacina. (Foto: Sindicato Rural)

A vacinação em massa contra covid-19 na fronteira de Mato Grosso do Sul envolve um desafio peculiar: chegar até as populações que vivem em áreas de difícil acesso do Pantanal, como aos trabalhadores em fazendas nas localidades remotas e aos ribeirinhos.

Para driblar o problema, força-tarefa que envolve a Prefeitura de Corumbá, Forças Armadas e Sindicato Rural montou estratégia que somente no primeiro dia – 6 de julho – vacinou 300 pessoas que vivem em 20 propriedades no entorno da Fazenda Santa Fé do Corixinho, na região da Nhecolândia.

Proprietário da localidade usada para aplicação das doses, o produtor Eduardo Cruzetta comemorou o empenho nas redes sociais, enfatizando que “cerca de 20 fazendas se mobilizaram em menos de 24 horas para enviar seus colaboradores à Fazenda Santa Fé do Corixinho e aplicar cerca de 300 doses de vacina”.

Fila de trabalhadores pantaneiros para receberem vacina na Fazenda Santa Fé do Corixinho. (Foto: Sindicato Rural)
Fila de trabalhadores pantaneiros para receberem vacina na Fazenda Santa Fé do Corixinho. (Foto: Sindicato Rural)

Também ontem, foram vacinadas pessoas nas fazendas Bela Vista e São Sebastião, na região do Paiaguás. Já hoje, as aplicações ocorrem nas fazendas Piratininga, Santa Eulina, São Miguel e São Francisco, na mesma região, e na Cocais, na Nhecolândia.

Pelo menos 1.215 pessoas devem receber a dose da Janssen nessas localidades, fora aquelas que já haviam tomado a primeira dose de outras marcas de vacinas e também poderão receber a segunda, nesta ação. Os ribeirinhos são imunizados com ajuda da Marinha, no projeto Povo das Águas.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, aviões e pilotos das propriedades rurais são usados para transporte, principalmente, das equipes de saúde que fazem a aplicação das vacinas nas propriedades, cedidas pelos produtores, que também são responsáveis pela alimentação desses profissionais.

Mais pantaneiros espeando a dose da Janssen na região da Nhecolândia. (Foto: Sindicato Rural)
Mais pantaneiros espeando a dose da Janssen na região da Nhecolândia. (Foto: Sindicato Rural)

Para ele, devido as dificuldades de acesso no Pantanal, não poderia haver melhor vacina que a Janssen para os pantaneiros, já que é de apenas uma dose, tornando desnecessários novos deslocamentos para a vacinação. “É vacina ideal”, afirma.

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