Moradores questionam unidade de compostagem ao lado de nascente preservada
Comunidade alerta que atividade pode contaminar nascente e afetar rotina das famílias no Assentamento Flórida
RESUMO
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Moradores do assentamento Flórida, em Sidrolândia, protestam contra a instalação de uma unidade de compostagem de lixo urbano próxima à área de preservação permanente da comunidade. O empreendimento privado, autorizado pela prefeitura, foi implementado sem consulta prévia aos assentados. O presidente da associação, André Testolin, expressa preocupação com possíveis impactos ambientais, como contaminação do Córrego Cortada e mau cheiro. A comunidade denunciou o caso ao Ministério Público e questiona a rapidez do processo de licenciamento, bem como a falta de diálogo com os moradores locais.
Assentados do Flórida, em Sidrolândia, dizem que foram surpreendidos ao descobrir que a prefeitura autorizou um empreendimento privado a instalar, muito próximo da comunidade, uma unidade de compostagem que recebe lixo da cidade. Segundo eles, o local escolhido fica encostado na área de preservação permanente da associação, onde há nascente e mata nativa preservada pelos próprios moradores.
O presidente da associação, André Testolin, afirma que ninguém da comunidade foi avisado. “Quando vimos, já estavam levando material para lá. A gente nem sabia que tinha licença”, contou. Ele explica que o medo dos assentados é simples: uma unidade que recebe resíduos urbanos pode trazer impactos para toda a área. “Isso aqui vai gerar mau cheiro e insetos e pode contaminar o córrego. E se der dano ambiental, quem responde somos nós, porque a APP (Área de Preservação Permanente) é nossa”, disse.
Para André, a escolha do local nunca poderia ter sido feita dessa forma. Ele repete a frase que se tornou a síntese da indignação da comunidade: “Tiraram o lixo da cidade e jogaram em cima dos assentados.”
Segundo ele, a unidade não está pronta ainda, mas já recebe cargas e movimentação. “A gente vive da agricultura, tem criança, idoso, gente que trabalha cedo. Não tem condição de colocar um negócio desses no meio do assentamento e do lado da nossa reserva”, afirmou. Ele também relata preocupação com o Córrego Cortada, que abastece as famílias. “Se esse resíduo escorrer para a água, e acontecer alguma coisa, quem que vai resolver? É a gente.”
A comunidade reclama da falta de consulta e da rapidez da autorização. “Licenciaram em poucos dias. Como que uma coisa dessas passa tão rápido e ninguém fala com quem mora aqui?”, questionou André.
Os assentados já denunciaram o caso ao MP (Ministério Público) e aguardam análise. A prefeitura de Sidrolândia e o MP foram procurados, mas não responderam. O espaço segue aberto.
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