Mulher achada morta em lavoura de cana era ex-presidiária e tinha 52 anos
Márcia Nunes da Silva tinha cumprido pena por tráfico de drogas e estava solta há 3 anos

A Polícia Civil confirmou na manhã desta quinta-feira (12), a identidade da mulher encontrada morta terça-feira, em uma lavoura de cana no distrito de Indápolis, zona rural de Dourados. Márcia Nunes da Silva tinha 52 anos e era conhecida como “Verinha”.
Moradora no Jardim Santa Maria, região leste de Dourados, Márcia era usuária de drogas e já tinha cumprido pena por tráfico no presídio feminino de Jateí. Ela estava em liberdade condicional desde maio de 2018.
Márcia foi morta a golpes de faca, principalmente, nas costas, e teve o corpo jogado ao lado de uma estrada vicinal, que liga propriedades rurais à MS-276, rodovia entre os distritos de Indápolis (Dourados) e Lagoa Bonita (Deodápolis). Ao lado do corpo enrolado em um pano, foi encontrada uma faca serrilhada, possivelmente usada no crime.
O corpo estava em decomposição. Os peritos da Polícia Civil que estiveram no local acreditam que a morte tenha ocorrido há, pelo menos, 15 dias.
O reconhecimento foi feito através do método conhecido como necropapiloscopia. A partir das papilas dérmicas, a perícia conseguiu reconstruir as impressões digitais e localizou a identidade de Márcia na base de dados da polícia. Como ela tinha antecedentes e já havia cumprido pena, a localização ficou mais fácil.
Corpo “desovado” – A principal suspeita é que Márcia tenha sido morta em outro local e o corpo jogado na lavoura de cana. Os restos mortais foram encontrados por moradores da região.
Inicialmente, foi acionada a Polícia Civil de Fátima do Sul, já que o local fica perto dos limites entre os dois municípios. Policiais de Fátima foram os primeiros a chegar, mas como o ponto onde o cadáver foi encontrado fica no município de Dourados, acionaram os colegas douradenses.
Agora, começa o trabalho de investigação para tentar chegar aos criminosos. Márcia Nunes da Silva começou a cumprir pena por tráfico de drogas em 2006. Mesmo com progressões de regime, fugas e livramento condicional, ela passou, pelo menos, dez anos atrás das grades.