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Interior

Mulher assassinada pelo marido descobriu traição de três anos

Polícia Civil fará reprodução simulada dos fatos para esclarecer dinâmica do crime

Por Bruna Marques | 23/11/2023 11:44
Corpo da vítima caído na entrada da casa. (Foto: Direto das Ruas)
Corpo da vítima caído na entrada da casa. (Foto: Direto das Ruas)

Domingas de Jesus Amorim Farias, de 56 anos, assassinada a tiros pelo marido no domingo (19), pediu separação após descobrir que Laurenci Antônio Farias, 57, estava tendo um caso extraconjugal há 3 anos. O crime o correu na zona rural de Alcinópolis, distante a 311 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Andressa Vieira, o homem tinha uma amante, por isso, a vítima decidiu dar fim ao casamento. “Ela queria se separar por conta dessa traição, isso é o que apuramos até o momento. Isso pode ter motivado uma discussão, eles estavam sozinhos em casa”, explicou.

O caso extraconjugal de Laurenci foi descoberto pela Polícia Civil, após a amante do suspeito ser intimada a prestar esclarecimentos na delegacia. Segundo informações, a mulher mora em Costa Rica, cidade para onde o homem foi depois de cometer o crime.

“Logo depois dos fatos, ele foi para a casa dela. Lá ele confessou que tinha matado a esposa e disse ‘preciso te contar uma coisa, fiz merda, matei minha mulher’. Ela contou em depoimento que ficou desesperada e que ele comentou que se entregaria”, relatou a delegada.

Laurenci se apresentou na delegacia de Costa Rica na terça-feira (21). Durante depoimento, ele exerceu o direito de se manifestar apenas em juízo.

Além da amante do suspeito, o caseiro da propriedade rural, os filhos e as noras do casal também foram ouvidos. “Em um primeiro depoimento, todas as testemunhas disseram que estava tudo bem entre os dois, mas ouvidos novamente, relataram alguns problemas do casal. O caseiro tinha conhecimento que a relação não estava boa porque Laurenci já tinha dito que queria se separar”, esclareceu Andressa.

Porta-retratos e arma achada no quarto do casal (Foto: Divulgação | PCMS)
Porta-retratos e arma achada no quarto do casal (Foto: Divulgação | PCMS)

O caseiro relatou que no dia do crime tinha saído do local durante a tarde e não soube dizer se o crime ocorreu nesse intervalo. Ele afirma não ter ouvido nada.

“Temos dez dias para finalizar o inquérito policial, estamos ouvindo diversas testemunhas para tentar evidenciar a motivação do crime, juntando os laudos periciais para entender a dinâmica do que aconteceu e provavelmente será feira uma reprodução simulada dos fatos”, informou Andressa.

A delegada destaca a importância do registro do boletim de ocorrência em casos de violência doméstica. “A vítima não tinha registro, não tinha medida protetiva, não se tinha conhecimento que ela estaria sofrendo violência”, orientou.

Confissão – Após matar a esposa, Laurenci ligou para o filho, confessou o crime e fugiu. Na casa onde ocorreram os fatos, a polícia encontrou um arsenal pertencente ao suspeito.

A Polícia Militar informou que foi acionada pelo filho do casal. Ele contou que recebeu uma ligação do pai, por volta de 19h de ontem, em que ele afirmava ter matado a esposa. Quando o rapaz chegou na casa dos pais, encontrou a mãe morta e uma arma de fogo calibre 22 - possivelmente a usada no crime - em cima de uma mesa.

Armas apreendidas na casa onde vítima e suspeito moravam (Foto: Divulgação | PCMS)
Armas apreendidas na casa onde vítima e suspeito moravam (Foto: Divulgação | PCMS)

Domingas de Jesus foi atingida na cabeça e caiu próximo da porta. Suspeitando que Laurenci estava em um dos cômodos da casa, a polícia arrombou o local e encontrou o arsenal. O filho afirmou desconhecer que o pai tinha o armamento.

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