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Interior

Mulher presa após perder a guarda dos filhos tramava atentado contra promotor

O advogado de defesa de Maika, Rodrigo Narcizo dos Santos, apresentou pedido de revogação da prisão preventiva, mas que foi negado pelo Ministério Público.

Adriano Fernandes | 17/05/2018 19:36

Presa no último sábado (12), em cumprimento a um mandado de prisão por ameaça, Maika Luzia Gomes Romão de Almeida, de 21 anos, e comparsas, planejavam um atentado contra um dos membros do Ministério Público e seus familiares em Três Lagoas,cidade a a338 quilômetros de Campo Grande.

O pedido de prisão foi motivado após supostas ameaças feitas a um promotor, conselheiros tutelares e assistentes sociais do município. Desde a perda do direito em ver os três filhos, todos menores de 3 anos, ainda no ano de 2015, Maika Nunes, como é conhecida, teria feito várias acusações e ameaças.

A prisão da jovem, foi motivada depois que próprios familiares da jovem teriam informado que ela “e pessoas de elevada periculosidade" estariam tramando um atentado contra um membro do MP e seus parentes, justamente pela decisão da justiça de que seus filhos fossem encaminhados a um abrigo.

Conforme o site JP News, o advogado de defesa de Maika, Rodrigo Narcizo dos Santos, apresentou pedido de revogação da prisão preventiva, mas que foi negado pelo Ministério Público. “Maika já vem de longa data engendrando campanha difamatória e caluniosa contra o Ministério Público, o que reforça a suspeita de trama de atentado “, diz a nota do MP, encaminhada à imprensa.

Os promotores de Justiça, Jui Bueno Nogueira e Rosana Suemi Fuzita Irikura, disseram que existe uma investigação em relação a esse caso com a Polícia Civil, que retornará ao MP assim que for concluído. “A revogação dessa prisão seria justificada com base em alteração fática que demonstrasse a ausência de riscos com a soltura da custodiada, o que por hora, nesse momento, entendemos que os riscos se fazem presentes”, disse a promotora Rosana Suemi ao site JP News.
Caberá, agora, ao juiz da 2º Vara Criminal, Ronaldo Onofre Gonçalves, decidir sobre o pedido da defesa.

O caso

No ano passado, o Ministério Público acusou a jovem de mau comportamento diante dos filhos e a proibiu de chegar perto deles. As crianças foram levadas a Casa de Acolhimento no bairro Santos Dumont. A jovem também perdeu benefícios sociais. Uma das assistentes sociais chegou a registrar um boletim de ocorrência contra Maika por ameaça de morte, em 25 de julho de 2017.

Em janeiro deste ano, Maika acusou assistentes sociais de maus tratos aos filhos e postou em rede social, fotos de ferimentos, supostamente nas costas das crianças e afirmou que as imagens eram do início do ano de 2017. Um novo B.O. foi registrado contra ela, pela direção do Conselho Tutelar.

Em 26 de fevereiro de 2018, Maika, juntamente com o grupo Mães Unidas fizeram passeata no centro de Três Lagoas, em prol da jovem. A reportagem tentou entrar em contato com o Ministério Público para comentar a respeito da prisão de Maika Nunes, mas não obteve retorno, até a conclusão da matéria.

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